A grande finalidade do Projecto Educativo do Colégio Valsassina é a de uma Educação globalizante, para a diferença e para a mudança. Como Eco-Escola toda a comunidade participa em torno do mesmo objectivo: um melhor ambiente! Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova veneração face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.
sexta-feira, dezembro 21, 2007
terça-feira, dezembro 04, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
Trabalho dos jovens repórteres publicado no Jornal de Leiria
Algumas notícias, elaboradas durante os dois dias do seminário, foram publicadas no Jornal de leira. Para consultar carregar aqui.
XIII Olimpíadas do Ambiente 2007/08
Para mais informações consultar: http://www.esb.ucp.pt/twt/olimpiadas//
sexta-feira, novembro 23, 2007
quarta-feira, novembro 21, 2007
Seminário JRA - Um grande incentivo para grandes reportagens
sábado, novembro 17, 2007
quarta-feira, novembro 14, 2007
Libertação de aves...
O Colégio foi convidado a estar presente nesta acção, sendo representado por 6 alunos e um professor.
quarta-feira, novembro 07, 2007
A changing school in a changing world: the way for a Low Carbon School
The integration of the carbon and energy elements makes it possible to reduce the energy consumption and therefore the greenhouse effect gas emissions. Schools shall then be on the path of becoming Low Carbon Schools. We consider this an utterly important way ether pedagogical to build environmental citizenship awareness or in fighting climate change, the most urgent current environmental threat which has serious social and economic consequences.
We mean to show what can be done to fight to reduce what has already been referred to as the greatest challenge of 21th century, climate change.
Os Jovens Repórteres para o Ambiente: Ana Filipa Louro (11º); André Correia (11º); António Grilo (12º); Carlos Ruivo (11º); Joana Magalhães da Silva (11º); Marta Magalhães da Silva (9º); Pedro Silva (12º).
Jovens Repórteres para o Ambiente
O projecto JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE é um projecto de Educação Ambiental promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa, Secção Portuguesa da Fundação de Educação Ambiental (FEE).
A nível internacional encontram-se envolvidos neste projecto alunos e professores de 17 países que constituem a actual rede Young Reporteres for the Environment (YRE).
Este Projecto que decorre em Portugal desde 1994, destina-se fundamentalmente aos estudantes do Ensino Secundário, pretendendo contribuir para uma preparação dos jovens para o exercício de uma cidadania activa na defesa do Ambiente, através da sua participação nos processos de decisão.
Os estudantes investigam e interpretam questões ambientais relevantes a nível local como se fossem jornalistas, reforçando os seus conhecimentos no domínio do Ambiente, das línguas estrangeiras e das novas tecnologias e técnicas de comunicação.
Um dos aspectos interessantes deste Projecto reside na possibilidade de se estabelecerem laços entre os JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE, quer ao nível nacional quer ao nível internacional. Nesse sentido é mantida actualizada uma homepage http://www.youngreporters.org/ de âmbito europeu e outra nacional http://www.abae.pt/, que funcionarão como portas de acesso à informação do Projecto.
Pela primeira vez o Colégio Valsassina irá participar neste projecto com uma equipa de 10 elementos (7 alunos e 3 professores). As alterações climáticas é o tema escolhido. O trabalho a desenvolver enquadra-se no nível 2 (nível internacional), o que implica que o Colégio terá de cooperar via internet e em língua inglesa com outras escolas da rede.
terça-feira, novembro 06, 2007
segunda-feira, novembro 05, 2007
Turismo vs. Biodiversidade
No caso concreto da nossa costa algarvia, espécies com interesse para conservação são, por exemplo, os mamíferos: musaranho (Crocidura russula), gineta (Genetta genetta), lontra (Lutra lutra), fuinha (Martes foina), raposa (Vulves vulves); as aves: mergulhão-de-crista (Podiceps cristatus), galinha-sultana (Porphyrio porfyrio) cegonha preta (Ciconia nigra), andorinha-do-mar-anã (Sterna albifrons) o maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa); os peixes: dourada (Sparus aurata) ou o sargo (Diclodus sargus); os répteis: cágado-de-caparaça-estriada (Emys orbicularis), camaleão (Chamaleo chamaleon), cobra-cega (Blanus cireneus), cobra-de-capuz (Macroprotodon cucullatus), lagartixa-do-mato-ibérica (Psammodromus hispanicus) ou víbora-cornuda (Vipera latastei); os anfíbios como o sapo-parteiro-ibérico (Alytes cistemasii) ou o tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai); as plantas como o zambujo (Olea europea), o medronheiro (Arbutus unedo) o rosmaninho (Lavancula pedunculata lusitanica) ou a erva-ursa (Thymus lotocephalus). Estas são apenas algumas razões para proteger o nosso litoral.
O Algarve é pequeno de mais para a nossa sede de dinheiro, para os nossos hábitos consumistas e para as espécies que lá habitam poderem viver bem. Só que elas chegaram lá antes de nós…
Por outro lado a dependência de uma actividade – o turismo – e, ainda pior, de uma região não são saudáveis para a economia portuguesa. Devemos virar-nos para outras regiões e começar a explorá-las tendo em vista o seu potencial turístico e tendo também em conta a sustentabilidade da exploração.
sexta-feira, novembro 02, 2007
Participação no London International Youth Science Forum 2007
De 15 de Julho a 8 de Agosto realizou-se em Londres um encontro internacional de estudantes da área da ciência, do ensino secundário e universitário, no qual participei, juntamente com três mais Portugueses, a convite da fundação Calouste Gulbenkian, à qual estou profundamente agradecido por nos ter inscrito e por ter patrocinado gentilmente a nossa inscrição, viagem e estadia. Cada um de nós ganhou uma das Olimpíadas Portuguesas: o Afonso Bandeira ganhou as da Matemática, o André Pinto as da Informática, o Flávio Coelho as da Física e eu as do Ambiente.
Juntámo-nos aos cerca de 250 jovens participantes de 61 países dos 5 continentes neste evento que nos proporcionou uma oportunidade de conhecer o papel da ciência no mundo e a interacção entre cientistas, professores, investigadores e engenheiros com os decisores políticos e económicos, contactar com os progressos recentes da ciência e tecnologia, mas também aprender mais Matemática, Biologia, Química e Física.
Exceptuando os fins-de-semana, os quais dedicámos a visitar Londres, e também, um pouco por toda a Inglaterra, Stonehenge, vila e a catedral de Salisbury, o palácio e os jardins de Hampton Court e o castelo de Windsor, diariamente pelo menos uma conferência estava agendada. Os oradores eram conceituados e oriundos de inúmeros países, à semelhança do seu público que ocupava um auditório do University College London, o que resultou em abordagens rigorosas, criativas, e divertidas, redobrando o interesse nas demonstrações teóricas e experimentais (e impedindo-nos de adormecer por mais cedo que nos tivéssemos levantado) de temas como os seguintes: “Química da luz”,”Cor, um fenómeno psíquico e físico-químico”, “As propriedades das bolhas de sabão em problemas de optimização rodoviária”, ”Formas e Dimensões Fractais e Sistemas Dinâmicos”, ”Medicina Forense”, ”O sistema Imunitário”,”Células de combustível de Hidrogénio”, “Engenharia de tecidos” e ”Quadrados Musicais”
O Aquecimento global foi o tema deste ano, motivando uma palestra sobre a suas causas, seguida por uma série de debates sobre como minimizar os seus impactos inevitáveis e sobre as possíveis soluções, nas frentes da energia, água, agricultura, defesa costeira, bem como na educação para a sustentabilidade e mudança social.
Uma vez que o ambiente é um dos meus principais interesses, este dia teve um significado especial para mim pois pude aprender muito e partilhar o que já aprendera.
O programa do fórum incluiu também visitas ao Laboratório Nacional de Física (onde aprendemos sobre acústica e identificação biométrica), à célula inglesa da Airbus, em Bristol (onde se testam os materiais para as asas, os sistemas informáticos e de travagem dos novos aviões), ao departamento de química da Universidade de Oxford, ao Museu de História Natural e ao Museu da Ciência, em Londres. Além destas visitas, foram organizadas actividades sociais e culturais: um espectáculo de talentos e outro onde cantámos canções nacionais, a grande corrida do metro londrino e visitas ao teatro e a discotecas.
Assim tornámos nossos os principais objectivos deste fórum: criámos amizades que duram para além daquela quinzena, convivemos com pessoas de diferentes culturas e realidades de todo o mundo que nos surpreenderam pela quer originalidade e imprevisibilidade quer pelo tanto que temos em comum, o que só foi possível porque todos nós tínhamos uma mentalidade aberta e um espírito de nos conhecermos e de discutir pontos de vista. Gerámos portanto muitos debates entre nós (por exemplo sobre a energia nuclear, a situação económica europeia e os conflitos do médio oriente e mediterrâneo). Falávamos sempre em inglês, excepto quando ensinávamos a nossa língua ou aprendíamos uma nova.
Nunca esquecerei esta quinzena. Foi a melhor da minha vida.
Pedro Silva 12º1A
Escola Solar
Gestão Voluntária de Carbono (GVC) no Colégio Valsassina
É mais um projecto em que o Conselho Eco-Escola espera poder contar com todos para que possa ser executado com sucesso.
terça-feira, outubro 30, 2007
Dia Mundial da Poupança: 31 de Outubro
A Caixa Geral de Depósitos convida os jovens de todo o país a entrar no passatempo “O Ciclo da Poupança”.
Trata-se de uma espécie de jogo da glória gigante em que, os jogadores avançam em direcção à meta se responderem acertadamente às perguntas que, nas áreas do Ambiente e da Economia, lhes vão sendo colocadas.
Tendo em conta o trabalho que o Colégio tem desenvolvido em prol de um melhor ambiente desafiamos todos a participar neste concurso.
Por um melhor ambiente, por uma geração ecovalsassina…
segunda-feira, outubro 29, 2007
GEO4
domingo, outubro 28, 2007
EcoValsassina - Cinco anos
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança
António Gedeão, A Pedra Filosofal
Estas três componentes foram unidas e integradas no projecto EcoValsassina. Agora que penso nisso, já lá vão cinco anos! Cinco anos passaram desde que, no meu oitavo ano, me apresentaram o projecto Eco-Valsassina e o programa Eco-Escolas. Lembro-me de que ao longo desse ano o professor de ciências teimava em passar trabalhos para este novo projecto cuja metodologia própria tentava também transmitir. Ao princípio parecia repetitivo: todas as aulas havia coisas para falar, para aprender, para trabalhar, para debater, novos desafios para enfrentar no âmbito deste novo projecto. Na altura foi um pouco…porque sim. Decidi fazer parte desta embarcação. De uma embarcação que naquela altura tinha tripulação mas ainda procurava o rumo. O rumo foi fácil de encontrar: trabalhar. Trabalhámos todos afincadamente. Demos o nosso melhor. Foi-se evidenciando a importância mas sobretudo os ideais e princípios em que se sustenta o EcoValsassina. Entendi, finalmente, a importância da Educação Ambiental como meio de formação de novos e melhores cidadãos. Passou a ser para mim uma dupla oportunidade: uma oportunidade de aprender muito sobre preservação ambiental e uma oportunidade para poder actuar, para poder tomar medidas, para poder fazer alguma coisa no sentido da preservação do Planeta Azul. O professor de ciências tinha razão.
No final do ano recebemos o primeiro prémio – a bandeira verde! Ficámos todos muito orgulhosos quando soubemos que o nosso trabalho tinha sido avaliado com nota máxima. O EcoValsassina, que há cinco anos dava os primeiros passos, evoluiu e todas as acções que desenvolvemos tiveram algum resultado, conseguindo, mansamente, melhorar a nossa escola e formar ambientalmente a nossa comunidade escolar, por um melhor ambiente. Hoje a tripulação, já experimentada, é comandada por um respeitado almirante e é magnífico reparar que o nosso colégio está melhor. Os resultados devem-se ao esforço conjunto da comunidade e de uma equipa: o Conselho Eco-Escolas. Esta equipa continuou, continua e continuará a trabalhar como fez nos últimos cinco anos, e é um orgulho ver que continuamos a ser premiados com bandeiras verdes sucessivas, ano após ano, e que o nosso projecto é actualmente uma referência nacional e começa a ser também reconhecido internacionalmente. É gratificante constatar que alguns colegas mais novos começam agora a apostar neste projecto e se interessam por ele. A todos desejo que tenham o mesmo gosto que eu tenho e que se entusiasmem por estar a trabalhar no sentido do bem comum, agindo localmente mas pensando globalmente. Espero que esta equipa possa continuar a contar com todos: alunos, professores, pais, funcionários e direcção para que o Homem possa continuar a sonhar, o mundo possa continuar a pular e as crianças possam continuar a brincar.
sábado, outubro 27, 2007
Livros: novidades a não perder...
Aconselhamos toda a geração EcoValsassina a não perder dois livros lançados recentemente em Portugal.
«Seis Graus - O Nosso Futuro num Planeta em Aquecimento»
Mark Lynas
Num relato quase fotográfico, o novo livro de Mark Lynas apresenta um possível futuro da nossa civilização se o actual ritmo do aquecimento global persistir.
Por muito surrealista que pareça, esta obra não é ficção científica nem sensacionalista. Os seis graus do título referem-se à possibilidade assustadora de as temperaturas médias subirem cerca de seis graus nos próximos cem anos. Os contrastes ambientais serão desmedidos: haverá, por um lado, rios dez vezes maiores do que o Amazonas, mas, por outro, mais de metade da população mundial sofrerá os efeitos da seca. No entanto, apesar de uma visão quase apocalíptica, o autor termina com a apresentação de diversas estratégias que permitem contornar o problema do aquecimento global. Com um pouco de antevisão, alguma estratégia e sorte, podemos pelo menos deter o rumo catastrófico no qual nos temos deixado levar. Mas a altura de agir é agora!
Mark Lynas é um autor britânico, jornalista e activista ambiental focado nas mudanças climatéricas. Colabora para as revistas New Statesman, Ecologist, Granta e Geographical, e para os jornais The Guardian e The Observer no Reino Unido. É licenciado em História e Política pela Universidade de Edimburgo. Nasceu em 1973 e mora em Oxford, na Inglaterra.
Alan Weisman
Best-seller do New York Times, um livro fundamental para salvar o Planeta.
Numa altura em que vivemos tão preocupados e ansiosos com os efeitos do nosso impacto sobre o clima e o ambiente, este livro oportuno permite-nos ter uma ideia do que deixaríamos realmente como legado da nossa passagem por este planeta.
Regressaria o clima ao que era antes de ligarmos os nossos motores? Conseguiria a Natureza apagar todos os vestígios da civilização humana, incluindo as miríades de produtos sintéticos e de plástico? Por que razão certos edifícios, certas pontes, resistiriam mais à usura do tempo do que outros? O que ficaria da nossa arte? Que animais prosperariam e que raças se extinguiriam?
Alan Weisman convida-nos a uma instrutiva viagem à volta à Terra… sem nós!
sexta-feira, outubro 26, 2007
Conselho Eco-Escola: primeira reunião 2007/08
A força motriz do EcoValsassina é o conselho Eco-Escolas.
É o espaço por excelência para o exercício da cidadania ambiental dos elementos da comunidade escolar. O conselho é constituído por professores, funcionários, alunos, estando acima de tudo, aberta a participação de todos quantos desejem fazer algo mais pela nossa escola. Procuramos partilhar ideias, debater estratégias, juntar esforços e organizar actividades acreditando que no final o resultado é maior do que a soma das partes. Trabalhamos para um futuro melhor.
A primeira reunião do conselho 2007/08 teve lugar no passado dia 24 de Outubro e contou com a presença de cerca de 45 elementos da comunidade escolar. Entre as “principais novidades” para este ano destacamos a presença de todos os delegados e/ou subdelegados de turma do 5º ao 12º ano. Por outro lado, foi uma oportunidade para dinamizar métodos interactivos que possibilitaram, um efectivo encontro e troca de ideias/experiências entre os vários actores da escola, o que contribuiu para a criação do chamado capital intelectual e social e, em simultâneo, para o aparecimento de soluções colaborativas (que muitas vezes se revelam inovadoras).
As mais valias criadas por esta metodologia são de extrema importância pois além de poderem identificar soluções mais adequadas, co-responsabilizam os participantes e constroem parcerias criando maiores oportunidades para a implementação de medidas de gestão (Vasconcelos, 2000).
Para além disso, pensamos que desta forma foi possível melhorar a comunicação entre os vários elementos da comunidade educativa, permitir uma melhor aceitação das decisões colectivas e, acima de tudo, aumentar a união desses elementos em torno de uma causa comum.
Bibliografia:
Vasconcelos, L. T. (2000). News Ways in Shaping Local Agendas - the Experience in Implementing Sustainability at the Municipal Level. ACSP Nov 2-5, 2000, Atlanta, Georgia, USA
Vasconcelos, L.T. (2001). O Envolvimento do Cidadão na Conservação da Biodiversidade - Rumo à Democracia Deliberativa. 2º Congresso Nacional da Conservação.
João Gomes
Para onde é que eles estarão a olhar?
quinta-feira, outubro 25, 2007
sábado, outubro 20, 2007
quarta-feira, outubro 17, 2007
Newsletter "Geração EcoValsassina"
A newsletter Geração EcoValsassina surge agora como a publicação do EcoValsassina procurando divulgar as actividades e estimular a participação de todos.
terça-feira, outubro 16, 2007
As preocupações e perspectivas ambientalistas dos estudantes do ensino secundário do Colégio Valsassina
Mas, tendo em conta que os problemas ecológicos são, na sua essência, problemas éticos e morais torna-se fundamental conhecer os valores e atitudes que lhe estão associados e que estarão na base do comportamento de cada indivíduo (Almeida, 2007).
Assim, numa altura em que o Projecto EcoValsassina faz 5 anos pretendemos desenvolver, ao longo do ano lectivo, um processo de avaliação global: das estratégias, dos recursos e dos resultados obtidos.
Numa primeira fase, entre1 e 15 de Outubro, propusemo-nos em conhecer quais as principais atitudes de atenção e de preocupação sobre o ambiente; averiguar o nível de aquisição de competências necessárias para desenvolver análises críticas, resolver problemas e, identificar o nível de capacidade para a acção; e conhecer as principais perspectivas ambientais existentes num grupo de estudantes do ensino secundário.
A opção por alunos do secundário relaciona-se com o facto de, tendo o projecto 5 anos, neste momento todos os alunos do 11º e 12º ano têm sido envolvidos directa, ou indirectamente, desde o início.
Mas qual é a importância de tal conhecimento? Podemos apresentar várias respostas a esta questão. Por um lado, numa época marcada profundamente pela crise ambiental torna-se importante conhecer a forma como os cidadãos se preocupam e relacionam com a natureza e, se necessário, criar as bases para se desencadear um processo de desconstrução da cultura antropocêntrica, conduzindo assim ao regresso da relação humana com a natureza.
Outra possível resposta está na cultura. Hannigan (1995) destaca o livro «Risk and Culture» de Aaron Wildavsky onde são colocadas duas perguntas simples, mas fundamentais. Por que razão as pessoas realçam alguns riscos e ignoram outros? E, mais especificamente, porque razão muitas pessoas na nossa sociedade escolheram a poluição como uma fonte de preocupação? Segundo o autor, as respostas estão enraizadas na cultura.
A cultura refere-se aos modos de vida dos membros de uma sociedade, ou de grupos dessa sociedade. A cultura de uma sociedade, ou grupo, engloba tanto os aspectos intangíveis, as crenças, as ideias e os valores que constituem o teor da cultura, como os aspectos tangíveis, os objectos, os símbolos ou a tecnologia que representam esse conteúdo (Giddens, 2007).
Verificamos assim que a cultura é algo que não pode ser visualizada, observada ou saboreada. Para Gonçalves (in Beckert, 2001) a cultura é uma acção complexa, na qual entram as coisas, os valores, as ideias, as palavras, os sentimentos, os sonhos, etc.
A cultura é um contexto abstracto, sendo que nos apercebemos da sua existência através da sua manifestação (em comportamentos, atitudes, entre outros aspectos) em diversas situações. É de certa forma, um conceito teórico que nos ajuda a compreender os nossos comportamentos e que explica as diferenças entre diferentes grupos de pessoas.
Por sua vez, a noção de «cultura ambiental» remete não só para a interiorização de um conjunto de informações e conhecimentos básicos sobre questões de ambiente mas também para a adopção ou predisposição para a adoptar no quotidiano uma série de comportamentos ditos «amigos do ambiente» e que se traduzem em práticas simples e relativamente estabilizadas ou em vias de estabilização nas sociedades modernas.
Bibliografia:
Almeida, A. 2007. Educação Ambiental. Livros horizonte.205 pp.
Beckert, C. 2001. Natureza e Ambiente: Representações na cultura portuguesa. Centro de filosofia da Universidade de Lisboa. 206 pp.
Giddens, A. 2007. Sociologia. Fundação Calouste Gulbenkian. 5ª ed. 725 pp.
Hannigan, J. A. 1995. Sociologia Ambiental. Instituto Piaget. 271 pp.
João Gomes
domingo, outubro 14, 2007
Mais um ano, mais uma bandeira!
Aproveito ainda para fazer um convite a todos os que queiram ter um papel mais activo no projecto Eco-Valsassina: façam parte do Conselho Eco-Escolas, a força motriz do projecto. Apareçam no dia 24 de Outubro às 16.30 horas no novo Centro de Recursos Educativos e deêm o vosso contributo. Ficamos à espera...
sábado, outubro 13, 2007
Desafio...
Foi com enorme orgulho que recebemos, pelo quarto ano, o galardão de eco-escola.
Já lá vão 5 anos de trabalho. É verdade, o Projecto Eco-Valsassina faz este ano meia década.... queremos que, cada vez mais, toda a escola se una neste esforço...
E como tem vindo a ser hábito nestes últimos anos vamos hastear a Bandeira Verde para que este símbolo nos dê ainda mais motivação para desenvolvermos esforços em prol de um melhor ambiente.
Em virtude deste "aniversário" iremos proceder a uma largada de balões, cada qual levará uma eco-mensagem.
A cerimónia realizar-se-á dia 24 de Outubro, Dia das Nações Unidas, pelas 15h, junto ao portão principal.
Aproveitamos para te lançar um desafio, envia-nos a tua mensagem que será colocada num dos balões, basta para isso enviar texto e nome para ecovalsassina@hotmail.com
Estamos à tua espera....
André Correia
terça-feira, outubro 02, 2007
UNESCO - Rede de escolas associadas
A UNESCO é a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization). Foi criada em 1945, com a adopção do Acto Constitutivo a 16 de Novembro. O seu principal objectivo é o de contribuir para a paz, desenvolvimento humano e segurança no mundo, promovendo o pluralismo, reconhecendo e conservando a diversidade, promovendo a autonomia e a participação na sociedade do conhecimento.
Entre as tarefas da UNESCO no âmbito da sua missão, encontra-se a de promover a expansão e a melhoria da qualidade da educação, entendida como direito fundamental do indivíduo e instrumento essencial para uma política de diálogo entre os cidadãos e os Estados. O lema Educação Para Todos implica o combate às discriminações no acesso ao ensino e a educação contínua ao longo da vida, como meio de melhorar a adaptação às transformações do mundo actual.
Um dos objectivos da UNESCO é a promoção da paz e da cooperação internacional através da Educação. Desde a sua fundação em 1946, os educadores que trabalharam com a Organização produziram novos debates, ideias e sugestões relativos à educação dos jovens no sentido da compreensão internacional. Em 1953, a UNESCO lançou o Projecto da Rede de Escolas Associadas (ASPnet, Associated Schools Project Network). Em 2004, a Rede incluía já mais de 7500 instituições de ensino, desde a educação pré-escolar até à formação de professores, em 175 países. As Escolas Associadas comprometem-se a promover os ideais da UNESCO, desenvolvendo e/ou aplicando projectos-piloto destinados a preparar melhor as crianças e os jovens para enfrentarem os desafios de um mundo cada vez mais complexo e interdependente.
Estas escolas não são escolas privilegiadas ou especiais, são parte integrante do sistema educativo nacional e geridas de acordo com esse mesmo sistema. São instituições admitidas pelas autoridades nacionais a participar no sistema do SEA e tornarem-se assim escolas piloto, inspirando outras instituições a empreender projectos similares.
Pensamos que a identidade básica do Colégio Valsassina, as suas finalidades educativas e todo o trabalho que tem sido, e continuará a ser, desenvolvido no âmbito da educação ambiental/educação para o desenvolvimento sustentável não só permite às crianças e jovens uma preparação para enfrentarem os desafios de um mundo cada vez mais complexo e interdependente, bem como possibilita a comunidade educativa uma visão integrada dos quatro pilares do desenvolvimento sustentável:
- Respeito e cuidado pela comunidade de Vida;
- Integridade ecológica;
- Justiça social e económica;
- Democracia, não-Violência e Paz.
Consideramos assim que existe uma grande proximidade entre os nossos ideais e os da UNESCO, facto que motivou a candidatura do Colégio Valsassina à Rede de Escolas Associadas. O elemento central desta candidatura é o Projecto Eco-Valsassina tendo em conta a experiência acumulada e trabalho desenvolvido nos últimos anos, no âmbito da educação ambiental/educação para o desenvolvimento sustentável.
Acreditamos que, para o desenvolvimento de uma verdadeira consciência ecológica, é necessário que a educação promova o desenvolvimento global do ser humano em todas as suas múltiplas dimensões (cognitivas, afectivas, intuitivas, sensoriais, éticas e estéticas) e faça uso de múltiplos saberes (ciências naturais, ciências sociais, disciplinas humanísticas, etc.) de forma a permitir a complexidade do mundo e agir com inteligência, ética e afecto. É com base nestes grandes princípios que o Colégio Valsassina tem orientado o trabalho desenvolvido nas áreas da educação ambiental/educação para o desenvolvimento sustentável.
Tal como consta do projecto educativo do Colégio Valsassina, é nossa intenção dar expressão a um ideal que procure compatibilizar com a vida em sociedade e, por isso, promover uma educação para a diferença, uma educação para a mudança, uma educação globalizante.