sexta-feira, novembro 02, 2007

Participação no London International Youth Science Forum 2007


De 15 de Julho a 8 de Agosto realizou-se em Londres um encontro internacional de estudantes da área da ciência, do ensino secundário e universitário, no qual participei, juntamente com três mais Portugueses, a convite da fundação Calouste Gulbenkian, à qual estou profundamente agradecido por nos ter inscrito e por ter patrocinado gentilmente a nossa inscrição, viagem e estadia. Cada um de nós ganhou uma das Olimpíadas Portuguesas: o Afonso Bandeira ganhou as da Matemática, o André Pinto as da Informática, o Flávio Coelho as da Física e eu as do Ambiente.
Juntámo-nos aos cerca de 250 jovens participantes de 61 países dos 5 continentes neste evento que nos proporcionou uma oportunidade de conhecer o papel da ciência no mundo e a interacção entre cientistas, professores, investigadores e engenheiros com os decisores políticos e económicos, contactar com os progressos recentes da ciência e tecnologia, mas também aprender mais Matemática, Biologia, Química e Física.
Exceptuando os fins-de-semana, os quais dedicámos a visitar Londres, e também, um pouco por toda a Inglaterra, Stonehenge, vila e a catedral de Salisbury, o palácio e os jardins de Hampton Court e o castelo de Windsor, diariamente pelo menos uma conferência estava agendada. Os oradores eram conceituados e oriundos de inúmeros países, à semelhança do seu público que ocupava um auditório do University College London, o que resultou em abordagens rigorosas, criativas, e divertidas, redobrando o interesse nas demonstrações teóricas e experimentais (e impedindo-nos de adormecer por mais cedo que nos tivéssemos levantado) de temas como os seguintes: “Química da luz”,”Cor, um fenómeno psíquico e físico-químico”, “As propriedades das bolhas de sabão em problemas de optimização rodoviária”, ”Formas e Dimensões Fractais e Sistemas Dinâmicos”, ”Medicina Forense”, ”O sistema Imunitário”,”Células de combustível de Hidrogénio”, “Engenharia de tecidos” e ”Quadrados Musicais”
O Aquecimento global foi o tema deste ano, motivando uma palestra sobre a suas causas, seguida por uma série de debates sobre como minimizar os seus impactos inevitáveis e sobre as possíveis soluções, nas frentes da energia, água, agricultura, defesa costeira, bem como na educação para a sustentabilidade e mudança social.
Uma vez que o ambiente é um dos meus principais interesses, este dia teve um significado especial para mim pois pude aprender muito e partilhar o que já aprendera.
O programa do fórum incluiu também visitas ao Laboratório Nacional de Física (onde aprendemos sobre acústica e identificação biométrica), à célula inglesa da Airbus, em Bristol (onde se testam os materiais para as asas, os sistemas informáticos e de travagem dos novos aviões), ao departamento de química da Universidade de Oxford, ao Museu de História Natural e ao Museu da Ciência, em Londres. Além destas visitas, foram organizadas actividades sociais e culturais: um espectáculo de talentos e outro onde cantámos canções nacionais, a grande corrida do metro londrino e visitas ao teatro e a discotecas.
Assim tornámos nossos os principais objectivos deste fórum: criámos amizades que duram para além daquela quinzena, convivemos com pessoas de diferentes culturas e realidades de todo o mundo que nos surpreenderam pela quer originalidade e imprevisibilidade quer pelo tanto que temos em comum, o que só foi possível porque todos nós tínhamos uma mentalidade aberta e um espírito de nos conhecermos e de discutir pontos de vista. Gerámos portanto muitos debates entre nós (por exemplo sobre a energia nuclear, a situação económica europeia e os conflitos do médio oriente e mediterrâneo). Falávamos sempre em inglês, excepto quando ensinávamos a nossa língua ou aprendíamos uma nova.
Nunca esquecerei esta quinzena. Foi a melhor da minha vida.

Pedro Silva 12º1A

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