sexta-feira, dezembro 29, 2006

Feliz Ano Novo 2007

2007: Ano Polar Internacional

As regiões polares são muitíssimo importantes no quadro das alterações climáticas e ambientais, pois funcionam como sistemas de refrigeração da Terra, em particular através das trocas de calor ao nível dos oceanos e atmosfera, que regulam o clima do nosso planeta.

Tendo em conta a importância do conhecimento das regiões polares, o Conselho Internacional para a Ciência (ICSU) declarou o período de 1 de Março de 2007 a 1 de Março de 2009, como Ano Polar Internacional (API).


São já mais de 40 as organizações governamentais e não-governamentais que apoiam ou subscrevem o API, sendo que a iniciativa conta com 32 comités nacionais ou pontos de contacto nacionais, estabelecidos até ao momento.

Considerando este quadro global, em 2004 um grupo que inclui investigadores de universidades portuguesas que desenvolvem actividade científica regularmente nas regiões polares, e representantes de empresas que têm contribuído para a divulgação do património científico-cultural polar, juntou-se para promover a adesão de Portugal às iniciativas do Ano Polar Internacional 2007-08. O primeiro passo que está a ser dado, é delinear a organização de um comité português para o API.

Efectivamente, Portugal pode, e deve, contribuir de modo mais significativo para a melhoria do conhecimento das regiões polares, participando activamente no estudo das alterações globais e das suas consequências nas sociedades humanas e na biodiversidade. Essa é uma responsabilidade de todos. Além da componente científica, é objectivo deste grupo de trabalho dar a conhecer ao público os problemas das regiões polares, bem como revelar as particularidades que tornam aquelas regiões do Planeta tão especiais e tão importante para o nosso futuro comum.

São objectivos gerais do API para Portugal:

- Desenvolver a investigação portuguesa nas regiões polares

- Estreitar e reforçar laços na colaboração científica de Portugal com outros países com programas de investigação nas regiões polares

- A assinatura do Tratado da Antárctida

- Realçar a importância das regiões polares e do seu estudo junto dos políticos, media, público em geral e no ensino (primário, básico, secundário e superior)

- Criação de um Portal Polar Português na Internet


Actividades em curso:

  • Pergunta a um cientista polar (Dezembro de 2006)
Alexandre Trindade, Geógrafo Físico e colaborador no Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa encontra-se numa campanha na Antárctida (Ilha Livingston) para estudar o solo permanentemente gelado, e responde a perguntas de estudantes de todos os níveis de ensino. Para mais informações veja pasta "Pergunta a um cientista".

  • Diário de Campanha na Antárctida
O dia-a-dia da campanha de Alexandre Trindade actualizado diariamente (ou quase) durante o mês de Dezembro de 2006 (http://blog.geographus.com/atrindade).

Próximos eventos:

  • Pergunta a um cientista polar (Janeiro e Fevereiro de 2006)
Mário Neves, Geógrafo Físico e colaborador no Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa encontra-se numa campanha na Antárctida (Ilha Livingston) para estudar o solo permanentemente gelado, e responde a perguntas de estudantes de todos os níveis de ensino. Para mais informações veja pasta "Pergunta a um cientista".

Para mais informações, consulta a página do ano polar internacional 2007-08, em http://www.ipy.org/


adaptado de http://anopolar.no.sapo.pt

quarta-feira, dezembro 13, 2006

O meu ecoponto ... onde está?




O Meu Ecoponto é um projecto desenvolvido pelo GEOTA e pela Sociedade Ponto Verde, e é apoiado por diversas entidades.

Actualmente, em Portugal, existem cerca de 25 000 Ecopontos e que esse número está constantemente a aumentar. Trata-se do sistema mais generalizado para a deposição selectiva de resíduos de embalagens, colocado à disposição do público.

Dadas as metas que o nosso país tem que cumprir para a reciclagem e valorização dos resíduos de embalagens, verifica-se a permanente necessidade de um aumento de eficácia dos processos de recolha que lhes estão associados.

Como a eficácia da recolha selectiva através dos ecopontos depende de vários factores, sendo o principal a participação do público, nasceu a ideia de aliar as novas tecnologias de informação, como a Internet, à participação e à avaliação, por parte dos utilizadores dos ecopontos, do funcionamento desses equipamentos.

A avaliação pelo público, utilizando as ferramentas disponibilizadas na página O Meu Ecoponto e noutros suportes, permitirá auxiliar os Sistemas Municipais/Autarquias a detectarem eventuais problemas e a melhorarem os processos de recolha, contribuindo assim para a eficácia global do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens - SIGRE

O projecto O Meu Ecoponto visa facilitar aos cidadãos formas diversas de Participação e Informação na Gestão de Resíduos de Embalagens.

Os objectivos são:
• Facilitar modos diversos de participação na qualidade do serviço prestado pelo sistema Ecoponto.
• Promover a sua melhoria e eficácia.

Público alvo:
• 10 milhões de cidadãos residentes em todo o território nacional

Recursos utilizados:
• Página WEB www.omeuecoponto.pt
• Acções multimédia de informação e comunicação
• Folhetos informativos e Questionários RSF
• Acções de monitorização ambiental, de formação, de informação e de sensibilização ambiental
• Uma rede de parceiros, organizações e pessoas interessadas
• Patrocínios institucionais, apoios financeiros e outros tipo de apoios
• Infra-estruturas, meios logísticos e serviços dedicados a este projecto
• Mais importante que tudo:

O TEU INTERESSE E BOA VONTADE

Meta a atingir:
• O empenhamento de todos os cidadãos nas Metas Nacionais de Reciclagem de Resíduos de Embalagens

Afinal, são os pequenos gestos ...

Eficiência energética - o que deves fazer na tua casa.

A Quercus lançou no dia 9 de Janeiro de 2004 um projecto inovador com o objectivo de promover a redução do consumo energético nas residências e a utilização de energias renováveis. Trata-se de um projecto que pretende, para além de sensibilizar o público, dar soluções concretas modificar comportamentos, na gestão, renovação ou aquisição de uma casa e/ou do seu recheio.

O projecto envolve o desenvolvimento de uma casa virtual da energia, onde o utilizador poderá testar diversas soluções para melhorar a eficiência energética da sua residência. A Quercus passará a responder a questões sobre eficiência energética em casa através de correio electrónico, e disponibiliza um site (www.ecocasa.org) com muita informação útil.

Sabias que:
Ao utilizar o forno, deve-se desligá-lo algum tempo antes de finalizar o cozinhado, pois o forno manterá a temperatura durante algum tempo.


Podes também fazer o download da Casa Virtual da Energia em http://www.ecocasa.org/CVE_site.php#download

A Casa Virtual da Energia (CVE) é uma ferramenta construída para promover a alteração de hábitos adquiridos por todos nós na forma como gerimos os consumos em nossa casa.
Esta ferramenta permite-nos simular os consumos de energia que fazemos nas nossas casas, bem como o comportamento térmico da habitação. Terá ainda simuladores para a aquisição de equipamentos de energias renováveis, nomeadamente de painéis solares térmicos e fotovoltaicos.

Com esta ferramenta o utilizador poderá:
* Simular os consumos de energia que faz na sua casa, o custo associado e as emissões de gases com efeito de estufa resultantes desse consumo.
* Comparar duas casas com características diferentes. Esta ferramenta é particularmente útil quando se pretende fazer alterações à casa e comparar com a situação que se tem presentemente, e analisar se a mudança é positiva.
* Simular a aquisição de equipamentos de energias renováveis, nomeadamente painéis solares térmicos, painéis solares fotovoltaicos e bombas de calor de subsolo (geotérmico).

Ao tornar uma casa mais eficiente ao nível do consumo de energia, poupas muito dinheiro e ao mesmo tempo, estás a combater as alterações climáticas, contribuindo assim para um melhor futuro.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Não fiques calado - denuncia infracções ambientais



O serviço de atendimento telefónico SOS Ambiente e Território808 200 520 é um número de telefone disponível 24 horas por dia durante todo o ano, através do qual poderá expor situações que possam violar a legislação ambiental e os instrumentos de ordenamento do território.

Se tiveres conhecimento de alguma situação que afecte o ambiente, não fiques parado, e faz-te ouvir: liga para o SOS ambiente e território ou então deixa a queixa em http://gnr.pt/portal/internet/sepna/12.denuncias/form_sepna.asp



PARTICIPAÇÃO AMBIENTAL/URBANÍSTICA

O Grupo Jurídico do GEOTA é constituído por advogados, assistentes universitários e estudantes de direito que, em regime de voluntariado, procuram utilizar os instrumentos jurídicos ao dispôr das Associações de Defesa do Ambiente para prevenir ou tentar solucionar danos ao ambiente e ao ordenamento do território.

O Grupo funciona desde 1994 com base nas participações dos sócios do GEOTA ou de qualquer cidadão. Caso conheças uma:

Infracção Ambiental, como por exemplo:
  • lançamento de efluentes sem tratamento;
  • queimas de resíduos a céu aberto;
  • depósitos de resíduos perigosos;
  • poluição atmosférica grave;
  • ... etc, etc...

Infracção Urbanística, como por exemplo:
  • construções que te pareçam ilegais;
  • destruição de património edificado;
  • ... etc, etc...
Faz uma participação, basta preencheres uma ficha online, em http://www.geota.pt.

As tuas informações são depois analisadas, e se necessário completadas, por forma a determinar se houve ou não infracção e qual a acção adequada a empreender pelo GEOTA, pela Administração ou pelos Tribunais, para a sua prevenção ou neutralização.

Anexa folhas extra e toda a informação que consideres relevante como: fotografias, videos, análises, relatórios e envie-as via postal para o endereço do GEOTA: Travessa do Moinho de Vento nº17- Cv Dta 1200-727 Lisboa, Portugal

O Grupo Jurídico informa-te sempre das principais decisões do processo e do seu resultado e esclarece-te qualquer dúvida que tenhas.



Lembra-te que estás "apenas" a contribuir para teres um melhor futuro.

Consumo de água em Portugal: a gastar assim...



Cada pessoa com acesso a água da rede pública em Portugal consome, em média, pelo menos 154 litros de água por dia, revela um estudo de dois professores universitários apresentado no passado dia 10 de Dezembro..

Se as contas forem feitas de acordo com toda a água produzida e lançada nas redes de distribuição, o valor por pessoa dispara para 560 litros diários por pessoa, mas este número inclui todo o tipo de consumos e não apenas o doméstico.

Por distritos, o maior consumo per capita ocorre no Porto (730 litros habitante/dia), enquanto o mais reduzido se regista em Portalegre (310).

No total, o volume de água para consumo produzido em Portugal atingiu os 950 hectómetros cúbicos no ano passado, mas dos quais apenas 600 foram facturados, o que revela que 36 por cento da produção não foi paga. Esta percentagem inclui as perdas e os fornecimentos gratuitos.

Em comparação, quando a barragem do Alqueva estiver à cota máxima, formando o maior lago artificial da Europa, a sua capacidade de 1450 hectómetros cúbicos daria para satisfazer as necessidades do país durante quatro anos e quatro meses.

adaptado de ecosfera.publico.pt

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Um Feliz Eco-Natal

Todos podemos aproveitar o Natal sem comprometer a sustentabilidade e o bem estar do nosso planeta.



Doze passos para um Natal mais Verde” é o mote da campanha que a associação Greenpeace lançou.

O primeiro envolve a oferta de pelo menos um par de lâmpadas que consome menos energia. “Equipar a casa apenas com estas lâmpadas é uma excelente resolução de Ano Novo e um bom investimento.”

Segundo passo: desligar e recusar os aparelhos electrónicos ditos sujos, ou seja, que incorporam elementos tratados mais tarde entre o lixo tóxico. “Os presentes deste ano não devem ser o lixo tóxico do próximo”, clama a Greenpeace, neste momento empenhada em acções de pressão para que a Apple torne os seus produtos mais limpos.
Por outro lado, deve-se reparar na embalagem e não apenas no que lá vem de dentro. Daí o terceiro passo: evitar produtos excessivamente empacotados, feitos com plástico PVC tóxico ou a partir de espécies de árvores ameaçadas como o mogno.

O Natal é a festa da família. Pais, filhos, netos, avós, tios viajam para se encontrarem. “Experimentem os transportes públicos ou organizem esquemas de boleias.” É o quarto passo.

Quanto aos cartões de Natal, só se forem enviados por ‘mail’ ou então produzidos a partir de papel reciclado. E, uma vez revelados os presentes, o destino obrigatório do papel de embrulho é a reciclagem, em Portugal, o caixote azul.

PLANTAR ÁRVORES

Os conselhos em relação ao pinheiro são os de sempre: se for mesmo necessário ter uma árvore natural em casa, é melhor plantar uma e enfeitá-la todos os anos. Caso sejam luminosos, os enfeites devem apagar-se logo que os convivas regressam a casa e quem os recebeu decidido que é hora de repouso.

Ainda no capítulo das decorações de Natal, deve-se dar preferência à naturais – pinhas, por exemplo – em vez das feitas de plástico e sempre reutilizáveis.

A Greenpeace recomenda igualmente moderação nas compras. Nada de exageros na aquisição de artigos, que necessariamente representam consumo de recursos naturais. E se é preciso comprá-los que seja localmente, evitando deslocações.

O décimo passo para um Natal mais verde pode causar espanto: “Partam a louça!” Ou seja, nada de pratos, copos e talheres de plástico. Caso os convidados sejam em número superior aos pratos é sempre possível pedir louça emprestada aos amigos.

O penúltimo não tem exactamente a ver com o ambiente, mas ajuda à paz. Consiste em pendurar muitas imitações de azevinho, porque, na tradição anglo-saxónica, espera-se que as pessoas se beijem quando estão debaixo dele.

Finalmente, o último passo é “cumprir as resoluções de Ano Novo” que contribuem para controlar a mudança climática.

HORA DE COMPRAR

REFLEXÃO

Pense bem antes de fazer compras. Pense no que vai oferecer, a quem e qual a utilidade do presente. Pior que gastar dinheiro é gastá-lo em inutilidades. Não é por dar muitas prendas que vão gostar mais de si...

DURABILIDADE

Privilegie produtos duráveis e que possam ser facilmente reparáveis. O padrão ‘usa e deita fora’ significa produção imparável de resíduos, a que é preciso dar destino e cujo tratamento é oneroso.

EDUCAÇÃO

Prefira artigos educativos – que estimulem a inteligência, a criatividade e o respeito pelos povos e pelo ambiente – principalmente se destinados a crianças e jovens. Os jogos violentos podem ser muito desejados, mas têm pouco de didáctico.

SEM PERIGO

Quando comprar as prendas de Natal verifique se leva artigos inócuos, que não contêm substâncias perigosas ou peças pequenas de mais e que podem ser engolidas pelas crianças.

EMBALAGEM

Tome algum tempo a verificar se os artigos que tenciona oferecer não estão embalados em excesso ou com embalagens complexas. São mais caros, misturam vários materiais e dificultam a reciclagem.

ANIMAIS

Se pensar em oferecer um animal de estimação verifique se tem condições para que ele viva bem. Opte pela adopção de um que precise de uma casa. Nunca compre animais selvagens ou em vias de extinção.

SOLIDARIEDADE

Muitas vezes temos em casa objectos que já não utilizamos mas estão em bom estado. Seleccione os que pode oferecer a vendas de Natal ou instituições.


Umas Festas Felizes são os votos do conselho eco-escolas do Colégio Valsassina

terça-feira, dezembro 05, 2006

Simples gestos por um melhor futuro ...

Na internet existem páginas onde, com um simples clique, podes ajudar o ambiente.
Aqui ficam alguns exemplos.

The rainforest site
http://www.therainforestsite.com/cgi-bin/WebObjects/CTDSites

Planta uma árvore no Brasil
http://www.tree4life.com/

Conservar Habitats
http://rainforest.care2.com/


Ecology Fund
http://www.ecologyfund.com/ecology/_ecology.html


Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco.
Edmund Burke

Não fiques parado, faz alguma coisa ...

sábado, dezembro 02, 2006

Participa na marcha virtual de combate ao aquecimento global

A mudança climática global, verificada no século XX e intensificada nas últimas décadas, constitui uma ameaça sobre o homem e a natureza.

As alterações climáticas (AC) podem ter causas naturais (variações lentas na luminosidade do Sol ou nos parâmetros que definem a órbita da Terra em torno do Sol) e/ou antropogénicas (devido principalmente às alterações na composição da atmosfera).

A composição da atmosfera tem sido alterada pela emissão directa de gases com efeito de estufa (GEE), assim como por perturbações nas características físicas, químicas e ecológicas do sistema terrestre, embora as estimativas das emissões relacionadas com estas perturbações (nomeadamente pela queima da biomassa) sejam mais difíceis de contabilizar que as emissões directas de gases para a atmosfera.

O efeito de estufa é um processo natural, sendo responsável pela elevação da temperatura na Terra que não seria possível na ausência de GEE (se não existisse efeito de estufa, a temperatura à superfície da Terra seria em média cerca de 34ºC mais fria do que é hoje). Os GEE, presentes na atmosfera, criam uma espécie de estufa, permitindo a entrada de radiação solar mas absorvendo parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela superfície terrestre.


Os GEE são gases que absorvem e emitem radiação infravermelha. Para que a temperatura média global na troposfera seja relativamente estável no tempo, é necessário que haja equilíbrio entre radiação solar incidente absorvida e radiação solar irradiada sob a forma de radiação infravermelha (calor).

Os GEE mais importantes são o CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), N2O (óxido nitroso), HFCs (hidrofluorcarbonetos), PFCs (perfluorcarbonetos), SF6 (hexafluoreto de enxofre) e ozono (troposférico). A queima de combustíveis fósseis (como o carvão e o petróleo) (responsáveis por cerca de 75% das emissões antropogénicas de CO2 para a atmosfera), fogos florestais, alterações no uso do solo, transportes e deposição em aterro são algumas das fontes antropogénicas de GEE.

As florestas, solo e oceanos representam sumidouros de carbono na medida em que permitem a sua retenção. Apenas as florestas e o solo, este último em muito menor escala, têm capacidade de trocar o carbono activamente com a atmosfera, sendo por isso considerados os mais importantes. No entanto, a destruição das florestas naturais e a libertação de grandes quantidades de CO2 têm levado a que a fixação deste gás pelos sumidouros não seja suficiente para compensar o que é libertado, tendo-se vindo a intensificar a sua concentração na atmosfera. Desde 1750, a concentração atmosférica de CO2 aumentou 31% enquanto que a de CH4 aumentou em 151%.

A temperatura média global da atmosfera à superfície aumentou durante o século XX em 0.6ºC +/- 0.2ºC, tendo ocorrido a maior parte do aquecimento durante dois períodos: de 1910 a 1945 e de 1976 a 2000, representando a década de 1990 e o ano de 1998 a década e o ano mais quentes do século. Este aquecimento tem acompanhado a fusão de glaciares sobre os mares (tendo já provocado nos últimos 50 anos uma subida de 10 a 20 cm do NMM – nível médio do mar) e lagos. A cobertura de neve mundial regrediu 10% desde o fim dos anos 60 e a espessura do Ártico cerca de 40%.

A frequência de condições extremas no Inverno com mais tempestades e inundações nos países do Norte e períodos de seca com incêndios florestais nos países do Sul tem aumentado, tendo-se também verificado um aumento da severidade de cancros em choupos, facilitado pelo decréscimo de humidade na casca dos mesmos.

Está em marcha, nos EUA, uma campanha para combater as alterações climáticas. Em destaque está a realizar-se uma marcha virtual para o combate ao aquecimento global.
Também podes entrar nesta marcha, consulta o site, deixa o teu nome e convida os teus amigos a fazerem o mesmo:
http://www.stopglobalwarming.org/sgw_join.asp

quarta-feira, novembro 29, 2006

Relatório WWF 2006 - "O estado do planeta"

A degradação dos ecossistemas naturais está a acontecer a um nível sem precedentes na história...

É o que mostra o Relatório Planeta Vivo 2006, relatório bianual divulgado pela rede WWF. O documento analisa o estado da natureza e indica que, se as atuais projeções se concretizarem, a humanidade consumirá até 2050 duas vezes mais recursos do que o planeta pode gerar por ano.
O "Planeta Vivo 2006" reúne diferentes dados para compilar dois indicadores do bem estar da Terra. O primeiro é o índice Planeta Vivo, que avalia a biodiversidade, baseado nas tendências de mais de 3600 populações de 1300 espécies vertebradas no mundo. O segundo índice, a “pegada ecológica”, mede o impacto da humanidade sobre a biosfera (quantos hectares uma pessoa necessita para produzir o que consome por ano).

O documento, o sexto da série, confirma a tendência de perda de biodiversidade, já apontada nos levantamentos anteriores. Os números gerais indicam uma acentuada perda de recursos naturais. Em 33 anos (entre 1970 e 2003), houve redução de um terço das populações de espécies de vertebrados analisados.


Em simultâneo, a “pegada ecológica” da humanidade aumentou a ponto de ameaçar a capacidade de regeneração do planeta (biocapacidade). O ponto de equilíbrio entre o consumo e a regeneração dos recursos naturais do planeta seria equivalente a 1,8 hectares globais por ano por pessoa. Porém, o relatório mostra que já consumimos mais do que isso para manter os padrões atuais de vida.



É interessante verificar que a pegada ecológica média per capita de um português é muito semelhante à dos japoneses. Tal facto revela os fracos índices de eficiência energética e a má utilização dos recursos naturais no nosso país.


Os dados mostram ainda que o consumo é mais acentuado nos países desenvolvidos. Porém as maiores perdas (biodiversidade, biomas) encontram-se em áreas em desenvolvimento. Em 30 anos, 55% das populações de espécies tropicais desapareceram devido à conversão de habitats naturais em terrenos para agricultura ou para pastagens. No mesmo período, as populações de espécies de água doce analisadas sofreram redução de 30%.


É urgente fazer algo...

João Gomes

Compostagem


Nas últimas décadas, a gestão e tratamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem vindo a assumir uma importância crescente. A contaminação do solo, do ar, da água e a ocupação de grandes áreas são alguns dos pontos negativos do destino final mais vulgar de certos resíduos. Assim, é fundamental dar um destino correcto aos resíduos, que passa pela sua valorização: a produção de novos materiais (reciclagem); e de energia eléctrica são apenas alguns exemplos.

A compostagem é o processo de reciclagem da fracção fermentável (matéria orgânica) dos resíduos sólidos urbanos (RSU), e constitui uma forma de eliminar uma parte importante do problema dos RSU, dando um destino útil aos resíduos orgânicos.

Material a reciclar

É um processo natural de decomposição biológica. Evita a acumulação de RSU em aterro e devolve à terra os nutrientes de que necessita.
Este processo permite tratar os resíduos orgânicos domésticos (restos de comida e resíduos de jardim) bem como os resíduos provenientes da limpeza de jardins e parques públicos.
Desta forma transforma-se um problema numa solução.



Aspecto final do composto

A compostagem é uma actividade desenvolvida pelos alunos do 10º ano, na disciplina de Biologia e Geologia. Desta forma valorizamos uma parte dos resíduos orgânicos produzidos no Colégio Valsassina. Os alunos têm como desafio o estudo (descoberta) das bases biológicas deste processo, promovendo assim um ensino prático/experimental.


Sistema de Deposição Selectiva RSU - Colégio Valsassina

Educação para o Desenvolvimento Sustentável

A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 57/254 que instituiu a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável EDS (2005 a 2015).
O tema é suficientemente vasto e abrangente para permitir, com alguma imaginação, integrar actividades que já têm sido desenvolvidas no sentido de minimizar a degradação dos ecossistemas, contribuir para a melhoria da qualidade do ambiente a nível local e regional e contribuir para o bem estar do indivíduo (segurança, saúde, lazer, etc.)
No Relatório “O Nosso Futuro Comum” - (1987) considera-se que o Desenvolvimento Sustentável é uma “concepção de progresso que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das futuras gerações satisfazerem as suas”, conceito que “...implica certos limites - não limites absolutos, mas sim limitações impostas pelo estado actual da tecnologia e da organização social relativamente aos recursos ambientais e pela capacidade da biosfera absorver os efeitos das actividades humanas”.
“... O Desenvolvimento Sustentável não é um estado de harmonia fixo, mas antes um processo de mudança em que a exploração de recursos, a orientação dos investimentos e desenvolvimento tecnológico além das transformações institucionais têm de dar resposta às necessidades tanto futuras como presentes”.
Na Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento (1992), estabelece - se que :
- princípio 1 “Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Eles têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza”;
- princípio 4 - “Para se alcançar um desenvolvimento sustentável, a protecção do ambiente deve constituir uma parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada independentemente dele”.

A UNESCO (1999) estabelece que a EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO... é um processo de investigação / educação / acção permanente, centrado na interacção das dinâmicas:
- do meio abiótico;
- do mundo vivo não humanizado;
- das sociedades humanas.

Tal como foi reafirmado em Joanesburgo, qualquer Estratégia de Desenvolvimento Sustentável deverá ser suportada por três pilares indissociáveis – Sociedade - Ambiente – Economia.
Serão relevantes todos os planos/campanhas/actividades que tenham por objectivo sensibilizar, informar e conduzir à adopção de novos comportamentos no sentido de se alcançar o desenvolvimento sustentável, destinadas a públicos – alvo diversificados: os industriais e outros agentes económicos, visando uma correcta gestão dos recursos (p. ex. economia de energia e de matérias-primas, controlo e minimização dos factores de poluição, uso correcto de produtos químicos por parte dos agricultores, boa gestão do uso do solo, etc.); os consumidores, para preferirem produtos mais amigos do ambiente, para evitarem o desperdício de materiais e para utilizarem correctamente a energia.
Assim a partir de um painel de saberes, holísticos e transdisciplinares, a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, promove a formação dos cidadãos e incentiva a sua participação na gestão ambiental.
Entre os valores fundamentais que deve promover a EDS contam-se pelo menos os seguintes:
• O respeito da dignidade e dos direitos humanos de todas as pessoas do mundo e o compromisso com a justiça social económica para todos
• O respeito dos direitos humanos das gerações futuras e o compromisso com a responsabilidade intergeracional
• O respeito e o cuidado pela grande comunidade da vida em toda a sua diversidade, o que inclui a protecção e o restabelecimento dos ecossistemas da terra
• O respeito da diversidade cultural e o compromisso de criar à escala local e mundial uma cultura de tolerância, de não-violência e de paz

Estamos a desenvolver, no Colégio Valsassina, uma rede de projectos através dos quais pretendemos ir de encontro a tais valores.
Projectos:
o Eco-Valsassina / Programa Eco-Escolas (desde 2003/04)
o Carbon Force (desde 2005/06)
o Eco-Eficiência: Uma visão Global (Concurso Ciência Viva VI – ID 1155) (desde Jan. 2006)
o Eco-Escolas e Critérios de Qualidade para escolas – Educação para o Desenvolvimento Sustentável (projecto piloto 2006/07 – apenas em 3 escolas/agrupamentos a nível nacional) (iniciado em Setembro 2006)
o Plantas e Bichos de Lisboa e Ver(de) Lisboa – Oferta Educativa C.M.L. – Div. Educação e Sensibilização Ambiental (desde 2003/04)
o Compostagem (desde 2003)

Enfim pretendemos, tornar os nossos alunos mais instruídos, mais conhecedores, mais informados, desenvolver o sentido moral, o sentido das suas responsabilidades, o sentido crítico e de os dotar da capacidade de continuar a aprender.
Se toda a gente possuísse estas capacidades e estas qualidades, os problemas do mundo não seriam resolvidos automaticamente, mas haveria os meios e a vontade de os resolver…

João Gomes

Bibliografia:
www.ABAE.pt
Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014). Contributos para a sua dinamização em Portugal. Comissão nacional da UNESCO

domingo, novembro 19, 2006

Sabes o valor da tua pegada ecológica ?

Alguma vez pensaste na quantidade de Natureza necessária para manter o teu estilo de vida? Já imaginaste avaliar o impacto no Planeta das tuas opções no dia-a-dia, daquilo que consomes e dos resíduos que geras?


Só existe uma Terra e todos dependemos dela para viver. Proteger o nosso modo de vida - e o das outras espécies - depende da certeza de que não gastamos mais do que a Natureza pode repor.

Mas qual é a quantidade de "Natureza" que usamos? O Questionário da Pegada Ecológica foi criado para sabermos isso. Permite calcular a parcela do Planeta que é necessária para mantermos o nosso actual estilo de vida. O objectivo deste instrumento é ajudar cada um de nós a tomar consciência do impacto ambiental que provoca no Planeta e encorajar-nos a tentar reduzir esse impacto negativo. Mais, podemos ainda fazer a diferença de outra forma, envolvendo neste processo os nossos amigos e familiares, e influenciando com estes resultados os poderes políticos.

Três passos para, em conjunto, tornarmos a sustentabilidade numa realidade:

Passo 1. Responde ao Questionário da Pegada Ecológica:
Em: http://www.m-almada.pt/pegada/index.php
Ou em: http://www.ecologicalfootprint.org/

A Pegada Ecológica calcula a área de terreno produtivo (terra e água) necessária para produzir os recursos que utiliza e assimilar os resíduos que produz.
Poderás então comparar a tua Pegada Ecológica com a capacidade produtiva do Planeta: para cada um dos 6 biliões de habitantes da Terra existe, em média, cerca de 1.9 hectares de terrenos biologicamente produtivos.

Passo 2. Vive Bem e Sustentavelmente

A partir do momento em que conheces a tua Pegada Ecológica, podes começar a explorar e a pôr em prática formas de melhorar a tua qualidade de vida e, simultaneamente, diminuir o teu impacto no ambiente. Comprometa-te a fazer a diferença com a tua própria vida.

Passo 3. Junta-te ao Esforço Global

Após completar o teu Questionário da Pegada Ecológica, partilha-o com os teus amigos, familiares e vizinhos. Pergunta à tua família, aos seus colegas no trabalho e aos teus vizinhos de que modo é que estão também dispostos a diminuir o seu impacto no Planeta.
Envolve os outros. Ouvir as suas preocupações e anseios sociais e ambientais é a forma mais poderosa de gerar alterações positivas.
Desafia também os governos e os agentes económicos a acompanharem e controlarem o uso de recursos naturais nas suas instituições e empresas. Esta é também uma boa contribuição para uma sociedade mais responsável e preocupada com a sustentabilidade.

O nosso lema é: Pensar a Terra, Agir no Valsassina…

Junta-te a nós…

Primeira reunião do Conselho Eco-Escolas

O Conselho Eco-Escola é a força motriz do Programa Eco-Escolas e deve assegurar a execução dos outros elementos deste programa (auditoria ambiental; plano de acção; monitorização e avaliação; trabalho curricular; Informação e envolvimento da escola e comunidade local; Eco-código).
Ao Conselho Eco-Escolas cabe-lhe implementar a auditoria ambiental, discutir o plano de acção, monitorizar e avaliar as actividades e, ainda, coordenar as formas de divulgação do Programa na escola e comunidade.
O Conselho inclui representantes dos alunos, dos professores, do pessoal não docente, e de entidades externas ao Colégio.



As reuniões do conselho são o palco ideal para o exercício da cidadania dos diferentes intervenientes que são, desta forma, envolvidos no processo de tomada de decisão. De realçar que todos os membros do Conselho têm igualdade de voto, e todas as decisões são sempre tomadas por maioria.
O conselho reúne, pelo menos, uma vez por período. A primeira reunião relativa ao ano lectivo 2006/07 realizou-se no passado dia 14 de Novembro.
Entre os assuntos discutidos são de destacar:
- a elaboração da Carta Ambiental do Colégio Valsassina. Está em período de discussão até ao final de período (consultar www.cvalsassina.pt)
- as actividades a realizar por temas e por níveis de ensino;
- a transversalidade das actividades;
- o trabalho a desenvolver no âmbito do tema do ano, “Alterações Climáticas”. Sendo de realçar o desenvolvimento do Projecto Carbon Force no Colégio.
- a candidatura do Colégio Valsassina, através do projecto Eco-Valsassina, à rede de escolas associadas da UNESCO.

terça-feira, novembro 14, 2006

Discussão da carta ambiental do Colégio Valsassina

Pensar a Terra, Agir no Valsassina


O Colégio Valsassina considera o desenvolvimento sustentável um princípio fundamental a ter em conta quando se planifica a vida diária da escola, as suas mudanças e o desenvolvimento a longo prazo. Por essa razão, a escola está empenhada em mudanças profundas ao nível dos objectivos e dos papéis das instituições educativas.
A nossa escola procura oferecer aos alunos um contexto que favoreça o desenvolvimento da cidadania e da participação activa, abrangendo a complexidade das combinações sociais, económicas, políticas e ambientais inerentes ao desenvolvimento sustentável.

Assim, na sequência do trabalho desenvolvido consideramos ser o momento adequado para a elaboração de uma “Carta Ambiental”. Pretendemos que este documento seja a referência da sustentabilidade ambiental do Colégio enquanto instituição, mas acima de tudo, um conjunto de princípios a usar no dia-a-dia de todos os elementos que fazem parte da nossa comunidade escolar.

Na primeira reunião do conselho eco-escolas do ano lectivo 2006/07, que se realizou no dia 14 de Novembro, foi discutido um documento que pretendemos que venha dar origem à “Carta Ambiental do Colégio Valsassina”.

Queremos a colaboração de todos. Este documento está em fase de discussão até ao final do 1º período.
Até essa data gostaríamos de receber o vosso contributo.
Para consultar o "documento em discussão" pode solicitá-lo por mail (ecovalsassina@hotmail.com) ou consultar www.cvalsassina.pt

Enviem as vossas propostas para: ecovalsassina@hotmail.com

Festa do hastear da bandeira 2006



BANDEIRA VERDE
2003-04
2004-05
2005-06

domingo, novembro 12, 2006

Ambiurbe - por um desenvolvimento sustentável


De 8 a 12 de Novembro a AIP conjugou esforços no sentido de levar até ao Mercado e à Sociedade uma iniciativa que pela 1ª vez reúne num espaço único e com uma visão integrada duas acções que se complementam e potenciam:

• o AMBIURBE - 1º Salão Internacional do Desenvolvimento Sustentável;
• o 2º FÓRUM RSO - Fórum Português da Responsabilidade Social das Organizações.

Estas exposições constituíram uma oportunidade única para as Empresas e Entidades apresentarem os seus equipamentos, produtos, serviços e soluções, a um alargado universo de profissionais, bem como ao público em geral, num espaço especialmente preparado para o efeito e com uma forte componente de debate e discussão sobre as principais temáticas do sector.

Relativamente à Ambiurbe, destacamos o facto de estar organizada em torno de quatro pilares estruturantes: Água, Energia, Resíduos e Ordenamento do Território e Conservação da Natureza.

O Colégio Valsassina, como eco-escola, não podia deixar de estar presente nesta feira. No dia 12 de Novembro, uma comitiva do conselho eco-escolas visitou a exposição, estabeleceu contactos, tirou ideias, sempre pela mesma razão, a procura de um melhor futuro…
Pensar a Terra, Agir no Valsassina…


O Conselho Eco-Escolas

quinta-feira, outubro 05, 2006

(Mais um!) Dia das Bandeiras Verdes

Mais um! Mais um Dia das Bandeiras Verdes! Alguém me disse que é o terceiro... ??!! Pode parecer um “cliché”, mas o tempo passa mesmo a correr.

Entrega da Bandeira Verde ao aluno António Grilo


A primeira Bandeira Verde em Santo Tirso e a do ano passado, em Oliveira de Azeméis são lembranças tão presentes que não parece possível já ter passado tanto tempo.
Já é o terceiro ano. O terceiro ano de muito trabalho e empenho, o terceiro ano de amizade e colaboração, o terceiro ano de uma alegria sem limites por podermos e gostarmos de fazer parte deste projecto. Mais um! Mais um ano em que acreditámos que podemos mudar o mundo (pelo menos podemos mudar o nosso mundo), mais um ano em que nos colocámos à prova, mais um ano de metas traçadas e objectivos cumpridos. Mais um! Mais um ano de enriquecimento com aquilo que ensinámos uns aos outros todos os dias. Mais um ano em que fomos recompensados com cada conquista, por muito pequena que fosse, mais um ano em que não “voltámos as costas” às dificuldades, mais um ano que nos fez ter a certeza que lutamos por uma causa muito válida e isso faz com que nem sequer se ponha a hipótese de desistir.
Mais um ano em que percebemos que ainda há tanto para fazer!...

E cá estamos nós, prontos para outra (mais uma!) temporada, com a mesma vontade de sempre, e para outra, e outra, e depois de nós virão outros, e outros, e outros...

... Sempre por um futuro melhor...


Joana Magalhães da Silva
10º1A

domingo, setembro 17, 2006

Eco-escolas e Critérios de Qualidade para Escolas EDS - Projecto-Piloto 2006-07

A expressão Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) relaciona-se com os novos desafios para as escolas que desejem envolver-se num desenvolvimento orientado para a EDS.
A EDS não trata apenas os aspectos da dependência dos seres humanos relativamente à qualidade do ambiente e do acesso aos recursos naturais, hoje e no futuro, mas igualmente os aspectos de participação, de eficácia pessoal, de igualdade e de justiça social que são essenciais à preparação dos alunos tendo em vista o seu envolvimento no desenvolvimento sustentável.
No presente contexto, as Escolas-EDS são aquelas que escolheram a EDS como a base principal da sua missão e do seu Projecto Educativo de Escola. Elas consideram o desenvolvimento sustentável como o principal princípio a ter em conta quando se planifica a vida diária da escola e as suas mudanças e o desenvolvimento a longo prazo. Estas escolas estão empenhadas em mudanças profundas ao nível dos objectivos e dos papéis das instituições educativas. Elas procuram oferecer aos alunos um contexto que favoreça o desenvolvimento da cidadania e da participação activa, abrangendo a complexidade das combinações sociais, económicas, políticas e ambientais inerentes ao desenvolvimento sustentável.
O Colégio foi escolhido para um projecto de definição de Critérios de Qualidade para Escolas de Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS). Pretende-se desta forma contribuir para a implementação da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento sustentável (2005 – 2014) e para a avaliação do grau de consecução dos seus objectivos.
O trabalho iniciou-se com uma acção de formação destinada a todos os professores, sob a orientação do Dr. Manuel Gomes, da Fac. Letras da Univ. Lisboa.


Objectivos do Projecto:

- Desenvolver (criar, reformular, acrescentar, cortar) de critérios para Escolas EDS, a partir da lista dos critérios de qualidade apresentada pela ENSI/SEED e posteriormente contribuir para o desenvolvimento de critérios internacionais
- Desenvolver uma lista de critérios de qualidade da própria escola adaptada ao seu contexto e ao projecto de mudança
- Contribuir para mais um passo na qualidade do trabalho desenvolvido pela Eco-escolas no âmbito do Programa Eco-escolas coordenado em Portugal pela ABAE
- Encontrar uma escala de “valores” que permita posicionar as escolas no âmbito da EDS
- Criar uma rede de Escolas de EDS
- Contribuir para a implementação da DNUEDS e para a avaliação do grau de consecução dos seus objectivos.

Bandeira Verde 2006


O trabalho desenvolvido em prol do Ambiente foi reconhecido, pelo terceiro ano consecutivo, com a atribuição da Bandeira Verde, que certifica a existência, no Colégio, de uma educação ambiental coerente e de qualidade. Não é um prémio monetário mas de reconhecimento público da existência, na escola, duma educação pelo ambiente.
Iremos continuar a trabalhar em prol de uma educação pelo Ambiente…
Não podemos esquecer que o planeta é como um ser vivo, onde o todo é muito mais do que a soma das partes…

BANDEIRA VERDE

2003/04

2004/05
2005/06

segunda-feira, agosto 07, 2006

Os nossos afilhados...

Na sequência do trabalho desenvolvido em prol do ambiente, estamos interessados na conservação da biodiversidade. Como tal, decidimos aceitar o desafio colocado pelo Jardim Zoológico de Lisboa e pela Associação para o estudo e consservação do Gado Asinino.


Jardim Zoológico de Lisboa

Ao apadrinhar um Animal do Jardim Zoológico estamos a contribuir para a alimentação e maneio da espécie escolhida, mas acima, estamos a contribuir para um projecto mundial de conservação de espécies em perigo.


Hoje em dia, os Zoos cooperam entre si e a sua actividade é bastante variada, tendo sempre em vista a conservação da Biodiversidade do nosso planeta. Graças a este trabalho, muitos animais foram já reintroduzidos na Natureza, em regiões onde tinham sido dados como extintos.
Para mais informações consultar: http://www.zoo.pt/Apadrinhe_um_animal.aspx

Ass. Para o estudo e Conservação do Gado Asinino (AEPGA)

Ao adoptar um burro, por um ano, está a ajudar a AEPGA a conseguir os fundos necessários para a manutenção destes burros e estará assim a contribuir para melhorar as condições de vida de muitos outros destes encantadores animais.
Na ocasião da visita ao Parque Natural do Douro Internacional, e tendo por objectivo contribuir para a conservação de uma raça autóctone, os alunos das turmas 7º C; 10º1A; 10º1B, e 11º1 decidiram adoptar dois animais: o Borracho (turmas de Biologia do secundário) e a Andorinha (7º C – a “eco-turma” 2005/06).


Para mais informações consultar http://www.aepga.pt/portal/PT/60/default.aspx

quarta-feira, julho 05, 2006

Colégio como Eco-Escola



No ano lectivo de 1997/98 efectuamos um Estudo de Opinião, elaborado por uma empresa especializada em estudos de mercado e imagem, que envolveu entrevistas e inquéritos a alunos, pais, antigos alunos, pais de antigos alunos, professores e funcionários não-docentes.
A conclusão principal desse estudo sobre as razões da escolha e preferência por este Colégio foi o “Espaço Quinta” em que estamos inseridos e a importância que sempre demos aos fenómenos da preservação da Natureza.
Assim, ao reescrevermos o nosso projecto educativo, reafirmamos logo no início do capítulo referente aos aspectos básicos da nossa identidade a “ Perspectiva Ecológica”: “ O Colégio Valsassina assume a sua condição de ESPAÇO/QUINTA que permite um desenvolvimento equilibrado e harmonioso da pessoa humana assim como a componente na defesa da natureza e do meio ambiente”
Desde aí e até aos tempos de hoje o “ Colégio como uma Eco-Escola” tem sido, constantemente, o tema principal dos vários planos de actividades, abrangendo todos os níveis de ensino desde o Jardim de Infância até ao Ensino Secundário. É um facto, bem visível, que toda a Escola está a mexer com este projecto e que muito tem evoluído no desenvolvimento de uma consciência ecológica junto de alunos, pais, professores e funcionários.
O Colégio está diferente. A participação de toda a comunidade educativa tem sido de enorme importância, pois tem permitido uma aprendizagem através da partilha de conhecimentos de pessoas de idades e com níveis de informação diferentes.

Junho de 2006
O Director Pedagógico
João Valsassina Heitor

quarta-feira, junho 28, 2006

Eco-Código


Memória Descritiva

O Eco-Código que elaborámos pretende representar um parque eólico e, assim, alertar para a importância do uso de energias alternativas.
A base do nosso Poster Eco-Código é cartolina duplex, em que o céu está pintado com Ecoline azul ciano e o solo é composto por folhas recolhidas no chão do colégio e, a imitar relva, aproveitámos aparas de lápis de cera e cascalho de tronco de árvore. O caminho é feito em areia e pedrinhas.
Os moinhos são constituídos por uma parte central, moldada a partir de jornais antigos e pelas pás feitas de cartolina duplex reforçada com cartão-maquete. O mecanismo que permite a rotação das pás do moinho maior baseia-se no uso de um gargalo e uma tampa de garrafa de água de plástico. O gargalo, preenchido com papel de jornal amachucado para permitir a sua fixação a outros elementos, está colado às pás e, consequentemente, ao núcleo central do moinho. A tampa está colada a um círculo de cartolina duplex com um raio maior que a mesma, para que não haja possibilidade do moinho se separar do resto do cartaz. Assim, enroscando a tampa no gargalo, é possível que exista rotação das pás dos moinhos.
Para permitir a rotação do moinho mais pequeno tivemos que recorrer a outro método visto que o uso de uma tampa de garrafa de água implicaria fazer um buraco demasiado grande, tendo em conta o tamanho reduzido do moinho. Assim, colámos o moinho à parte da frente de um pin e espetámo-la num pedaço de cartão maquete.
As frases estão impressas em papel reciclado e o carro também está desenhado no mesmo tipo de papel.
A equipa de criação, produção e montagem:
Ana Filipa Louro; Joana Silva e Vera Carvalho.

Final das Olimpíadas do Ambiente 2006 - uma experiência para recordar

Resolvi escrever “alguma coisa” sobre a Final Nacional das XI Olimpíadas do Ambiente. Não sei bem porquê, mas talvez seja porque o que sinto é demasiado grande para conseguir guardar só para mim.
Quando soube que tinha sido apurada para a Final, no dia 27 de Abril, desatei aos pulos, berrei, nem sei mais o que é que fiz. Apesar de para alguns (ou talvez para a maioria) as duas eliminatórias terem sido encaradas como apenas um pretexto para fazer qualquer coisa menos habitual no tempo de aulas, para mim foi desde logo muito mais do que isso. Queria superar-me a mim própria e obter o melhor resultado possível numa prova que tem como objectivo sensibilizar os jovens para um tema que me interesssa muito. E, claro, a Final sempre foi um sonho que eu sinceramente tinha pouca esperança em poder alcançar.
Depois de algumas sessões e conferências de preparação com a preciosa ajuda do professor João Gomes, chegou o tão esperado dia da partida para Santo Tirso, local da realização da Final Nacional da edição deste ano das Olimpíadas do Ambiente.
A Filipa, o Guilherme, o Pedro, o João e eu (a maior comitiva da Final) saímos do Colégio por volta do meio dia e meia e seguimos até à estação do Oriente, onde apanhámos o comboio rumo a Porto/Campanhã. A viagem foi um bocadinho demorada e cansativa mas deu para conversarmos e para lermos alguma informação que nos fizesse sentir melhor preparados para a Final. Quando chegámos à capital do norte, estavam à nossa espera pessoas da organização que nos acompanharam e a mais cinco colegas de comboio até Santo Tirso.
Chegámos à Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento por volta das 18h30 e fomos apresentados à cerca de uma dezena de colegas que já lá se encontravam. Conhecemos as enormes instalações da escola, passeámos pelo jardim e o resto da tarde foi passada sentados na relva, assistindo à chegada dos nossos colegas e travando os primeiros conhecimentos, enquanto a Filipa e o Guilherme murmuravam entre dentes que queriam voltar para casa. Foi bastante estranho este primeiro contacto com os alunos das outras escolas. Acho que foi o facto de estarmos a conhecer pessoas que vivem em locais muito diferentes da capital e que têm modos de vida que têm pouco a ver com os nossos. É difícil compreendermos que jovens da nossa idade possam ter hábitos tão diferentes, preocupações tão diferentes e ao mesmo tempo tão idênticas, já que todos ali estávamos pela mesma causa: o Ambiente. Mas esse primeiro dia foi também altura para me começar a sentir pequena e insignificante já que estava rodeada de pessoas tão inteligentes, que sabem tanto, e com tanto para dar e mostrar.
O jantar (rissóis com arroz, o mesmo que tinha comido ao almoço no Colégio... eu nem queria acreditar!) decorreu já em “amena cavaqueira”, uma vez que já começávamos a conhecermo-nos. A noite foi reservada para a apresentação do programa da final e para um jogo de convívio. Apesar de já estarmos todos bastante cansados e a suspirar por uma cama, o serão acabou por ser muito bem passado.
Quando chegou a hora do descanso dividimo-nos, já que metade dos rapazes ficaram a pernoitar nas instalações da EPACSB, enquanto todas as raparigas e a outra metade dos rapazes foram para a Residência para Estudantes da DREN (Direcção Regional de Educação do Norte).
A distribuição dos quartos foi bastante rápida e quando chegámos aos nossos aposentos foi “tiro e queda”, tal tinha sido o desgaste de um dia de viagem. A noite foi demasiado curta para ser bem aproveitada porque a alvorada estava marcada para as 6h45.
Partimos então para um dia que se adivinhava longo e cansativo, mas que se viria a tornar muito compensador e com certeza inesquecível.
Ainda meios ensonados lá saímos de farnel em punho, prontos para um dia na montanha. Andámos 27 quilómetros! Sim, 27 quilómetros! 7 dos quais foram feitos literalmente pelo meio do mato. Aquilo nem sequer eram caminhos de cabras!
Mas eu não me consigo queixar. Foi na caminhada que se começaram a estabelecer os grandes laços, alguns que sinto que vão perdurar. Ah, é verdade! Mais ou menos por esta altura, a Filipa e o Gui já se tinham rendido. Estava a ser realmente uma experiência incrível.
Conversei com muita gente e a ideia de que faço parte de uma “geração para mudar o mundo” (o slogan das Olimpíadas) fez realmente sentido. Descobri pessoas equilibradas, com opiniões válidas, com vontade de construir um futuro que valha a pena, muito inteligentes e com tanto para ensinar! Se alguém disse que a juventude está perdida, enganou-se redondamente.
Claro que, a pouco e pouco, me fui identificando mais com uns do que com outros e foi na hora destinada ao almoço e a algum descanso que verdadeiramente conheci aquelas pessoas que me marcaram mais. O Luís (Matosinhos), o Manel (Golegã), o Roberto (S. João da Pesqueira), o João (Odivelas), a Patrícia (Arraiolos) e tantos outros...
O caminho de regresso foi consagrado ao “paleio”. Deu também para relembrar como é fantástico respirar o ar da montanha, olhar os pássaros nos olhos, matarmos a sede com a água límpida das nascentes que aqui e ali enfeitavam a serra. E passámos também por algumas áreas que arderam no Verão passado. Como é possível que se deixe desaparecer uma paisagem tão bonita, um património que é cada vez mais raro? Como é que se pode trocar o verde da vida pelo cinzento da perda?
Regressámos “de rastos” à residência onde nos esperava uma corrida desesperada para o primeiro lugar na fila para o tão ansiado duche. Soube muito bem porque tínhamos terra nos pés, nas mãos, nos braços, na cara... E para lavar a terra que eventualmente tivéssemos no cérebro, uma vez que estava a chegar a altura de pôr o intelecto a funcionar.
E lá estávamos nós, a seguir ao jantarinho onde nos informaram que teríamos no dia seguinte de votar no “ambientalista mais convicto” e no “ambientalista mais colunável”, a aguardar pela tão aclamada prova oral em grupo. Enquanto todos desejavam a melhor sorte uns aos outros depois da frenética dança para arranjar companheiros para o grupo, eu abria os braços para o céu e berrava a plenos pulmões “Quero a minha mãe! Quero a santa terrinha! Tirem-me daqui!”. Pois é... Admito que o meu relato possa estar um bocadinho exagerado mas eu estava efectivamente desejosa de sair dali. Já sabia que ia fazer aquele teste há uma série de tempo, mas naquele momento em que ele estava eminente não me sentia preparada para essa prova de fogo. Sim, porque sabíamos que a prova oral é aquela em que nos mostramos e em que a maneira como vivemos estes temas pode fazer a diferença.
Fomos para o salão nobre da EPACSB e separámo-nos por grupos. Eu fiquei com o João Amaral e mais três rapazes (um de Bragança, um de Viseu, se não me engano, e o outro de S. Miguel). Foi-nos dado o tema que teríamos de abordar da maneira que preferíssemos: energia nuclear. Delineámos a nossa apresentação e chegou a hora de a expormos.
Cheguei lá à frente. Tinha resolvido não levar nenhuma folha com notas para não correr o risco de cair na tentação de ler e... falei, falei, falei, blá, blá, blá, blá, b l á, b l á...
Saí daquela sala 20 quilos mais leve, sem exagero. Naquela altura, quando me perguntavam como tinha corrido eu só sabia dizer que tinha sido estranho. E continuo incapaz de atribuir qualquer outro adjectivo aos minutos que a prova durou.
Finalmente a noite era nossa e queríamos aproveitar o último serão que estávamos todos juntos. E foi muito bem aproveitado. Apesar do cansaço físico, culpa da longa caminhada, e também psicológico, culpa da primeira avaliação e de tantas emoções vividas em tão pouco tempo, ficámos na sala de convívio da residência até “às tantas”. Com guitarradas em fundo e com vozes alegres (umas mais afinadas que outras, mas todas empenhadas, sem dúvida) sentíamos que começávamos a queimar os “últimos cartuchos” e, como tive oportunidade de partilhar com alguns, já sentíamos saudades, mesmo quando ainda ali estávamos, todos juntos e muito divertidos.
Quanto ao reportório, esse, deu para agradar a todos. Começou nos Xutos, passou pelo fado, entre outros, e foi acabar no Tony Carreira e no Quim Barreiros, quando já começava a faltar a imaginação aos poucos resistentes na sala, já que “Os Patinhos” já tinham tocado para a maioria...
As curtas horas que dormimos souberam a pouco mas era preciso acordar às 7h15, porque nos esperava uma manhã bastante preenchida: prova escrita e feira de experiências.
Acho que já acordámos cansados, mas mesmo assim decididos aproveitar os últimos momentos daquela experiência de cujo fascínio já ninguém ousava duvidar.
A prova escrita começou por volta das 10 da manhã. Tenho de admitir que as 50 questões de escolha múltipla custaram bem menos a fazer que do que a prova oral custou a apresentar. É certo que eram um bocadinho mais difíceis que as das eliminatórias, mas nada de astronomicamente complicado.
O fim das provas deixou-nos a todos bastante aliviados e tinha finalmente chegado a hora de saborearmos os últimos momentos de brincadeira e o ar do campo. Já tinham acabado as avaliações e o nervosismo, e não posso dizer que também tinha acabado a competição porque eu passei o fim de semana sem me lembrar que estava num concurso. Não houve competição. Nenhuma. Só notei que havia companheirismo, vontade de ajudar os outros e desejo que corresse bem a todos, mas nada que se parecesse com competição.
Era altura da feira de experiências. Perante uma enorme lista de actividades que nos foi proposta, escolhi aquela que seria supostamente para fazermos licor. Seria! Porque quando lá chegámos disseram-nos que afinal iríamos fazer pão. E nos não nos fizemos rogados. Arregaçámos as mangas, pusémos o avental e a touca e lá fomos nós, prontos para meter a mão na massa. Chegaram os ingredientes e não nos intimidámos. Uns com mais jeito que outros, é certo, mas todos cheios de vontade de fazer o melhor pão que as terras de Santo Tirso já viram. Exagero ou não, certo é que provamos a nossa “obra de arte” e não estava nada mau, modéstia à parte. E melhor do que o sabor do pão, só mesmo a recordação de uma hora muito bem passada.
A seguir ao almoço estava marcado um colóquio sobre eco-clubes. Tomámos conhecimento àcerca do que são estes grupos e ficou a vontade de um dia, quem sabe, poder vir a fazer parte de um.
Chegou então uma das horas mais aguardadas: a sessão de entrega de prémios. Foi destacado o ambiente fantástico que se estabeleceu entre todos e foi sublinhado que o balanço desta edição é claramente positivo.
Foram chamados todos os finalistas para receberem o diploma de participação e, em seguida, foram conhecidos os resultados para as nossas eleições. Estava destinado que o primeiro prémio a ser entregue seria o do “ambientalista mais colunável” da categoria A.
E surpresa das surpresas! Disseram o meu nome! Eu nem queria acreditar que alguém pudesse ter votado em mim, mas enfim. Acho que alguém teve de me abanar. Mas fiquei bastante contente com este prémio. Honestamente, eu não fui para a Final com o intuito de ganhar nada, e ser reconhecida por pessoas da minha idade, que eu conhecia há menos de 42 horas e que me confiaram o seu voto, teve para mim uma importância tão grande que é muito difícil de traduzir em palavras.
Em seguida foi entregue o do “ambientalista mais convicto” da categoria B ao David Franco de Faro, um dos poucos que vinha de uma terra mais a sul que nós, porque a grande maioria dos participantes era nortenha.
O mais convicto de minha categoria foi o José Pires do Vimioso, distrito de Bragança. O Zé, como fez questão de se apresentar e que eu julgava ser o vencedor da eleição para o mais colunável, falou tanto da sua terra que acho que todos ficámos com a sensação de já conhecer Vimioso, o bar Texas onde se dança a Melanie C aos pulos como se de Heavy metal se tratasse, os professores da EB23 de Vimioso e por aí fora. Um rapaz muito simpático e que ficou na memória de todos, o Zé.
O “ambientalista mais colunável” da categoria B foi o Roberto Ventura de S. João da Pesqueira, distrito de Viseu. O Roberto, para quem teve o prazer de o conhecer, dispensa comentários e ninguém questiona a atribuição deste “título”. O Roberto faz a festa, deita os foguetes, apanha as canas... mas, “É na boa!”, como ele faz questão de dizer em quase todas as frases.
Em seguida, passámos a coisas mais sérias. As Menções Honrosas da minha categoria foram para a Joana Vieira, de Loures, e para a Joana Fragoso, de Macedo de Cavaleiros. A Grande Vencedora foi a Inês Marques, do Porto.
No que à categoria B diz respeito, as Menções Honrosas foram atribuídas ao Manuel Santos, da Golegã, e ao Emanuel Fernandes, de Aveiro. Quanto ao Grande Vencedor, digo-vos que temos todos a honra de pisar o mesmo chão que ele, todos os dias. Pois é, o Pedro Silva, ilustre e veterano nestas lides de participação na Final, representante do nosso Colégio, “arrasou” com a concorrência e arrebatou o tão ansiado prémio, tendo o Colégio, pelo segundo ano consecutivo, alcançado o primeiro lugar nacional nesta categoria.
Agora, fora de brincadeiras: o nosso campeão mereceu atingir este lugar, pelo empenho que mostrou, pelos conhecimentos e, principalmente, pela amizade e pela humildade demonstradas. Parabéns, Pedro!
Quando acabou a sessão de entrega de prémios, começaram as despedidas. E só nós sabemos como foram difíceis. Ditribuímos beijos, abraços, trocámos números de telemóvel e e-mails para cumprir a promessa de nos mantermos em contacto, deixámos sorrisos e, os que recebemos, guardámos com muito cuidado num cantinho especial do coração. Ainda houve tempo para as últimas fotografias, para mais tarde recordar, e depois voltámos aos beijinhos e aos abraços. Tinha chegado a hora de voltarmos às nossas casas.
A Filipa e eu viémos com o professor João Gomes, que fez o favor de nos trazer, depois de ter ido assistir à cerimónia de entrega de prémios. A viagem foi engraçada, uma vez que umas horas de alegre conversa caem sempre bem.
Cheguei a casa completamente de rastos. Parecia que me tinha passado um tanque de guerra por cima.
É certo que o corpo se ressentiu um bocadinho da falta de descanso e andámos meios “zombies” durante uns dias, mas aquilo por que passámos justifica tudo. Acho que toda a gente devia poder passar por uma experiência como esta, pelo menos uma vez na vida.
Sorrio cada vez que penso na Final, no que aprendi com os meus colegas, naquilo que sinto que cresci e nos amigos que ficaram e com quem tenho mantido contacto e vou procurar continuar a manter porque o estabelecimento de laços tão fortes em tão pouco tempo não acontece todos os dias. Tenho a certeza que, na minha vida, houve poucas alturas em que me tenha sentido tão realizada e tão feliz…
E sabem qual é a única coisa que me apraz dizer àqueles que tornaram possível toda esta experiência?...OBRIGADA!



Nota de rodapé:

Só tenho uma reclamação/apelo a fazer: meninas deste país!!!! Raparigas conscientes do nosso Portugal!!!!!Será que não há mais espécimes do sexo feminino com preocupações ambientais???!!! Por onde raio andais vós?!
Digo isto porque, na Final, o número de participantes do sexo masculino excedia o dobro do das meninas. E de certeza que isto não acontece porque nós somos menos inteligentes... Pensem nisso e PARTICIPEM!


Joana Magalhães da Silva
9º A

sexta-feira, junho 23, 2006

Em benefício de todos...



Este é já o terceiro ano de uma cruzada levada a cabo pelo Colégio Valsassina, com o intuito de criar um ambiente que seja, para todos, um motivo de orgulho. Para atingir os seus objectivos (que são os objectivos de todos os alunos do Colégio e principalmente da Associação de Estudantes), o Colégio implementou e promoveu uma série de medidas tornando-nos hoje, sem dúvida, uma Eco-Escola. Há ainda muito trabalho a fazer e este projecto é, unanimemente, um projecto sem conclusão possível, visto que os melhoramentos podem sempre ser feitos após se terem cumprido os primeiros objectivos, mas o trabalho já feito é salutar.


Plantação de árvores, dinamizado pelos alunos do 10º ano para os colegas de 2 anos
(sumidouros de CO2)



Existem agora no Colégio vários elementos que comprovam o trabalho realizado. Plantaram-se árvores e penduraram-se ninhos artificiais para pássaros, para melhorar o ecossistema que o Colégio é com as centenas de árvores que tem. Há, ainda, uma dispersão enorme de caixotes do lixo, de caixotes para embalagens, de recipientes para pilhas e de papelões. Na verdade, numa tentativa de positivamente consciencializar os alunos do esforço que é feito, os alunos foram mesmo incumbidos de construir os papelões e de realizar auditorias em variadíssimas áreas sobre os consumos do Colégio, de maneira a registar e procurar vias para o melhoramento da atitude ecológica do Colégio. Foram realizadas ainda outras actividades, como o enchimento e acompanhamento de um compostor, onde este ano pela terceira vez se completou o processo de formação de composto, acompanhado pelos alunos do secundário.
Tudo isto é um benefício enorme para o Colégio, e esta Associação de Estudantes do Colégio Valsassina (AECV) reconhece esse benefício. A preocupação em tornar o espaço onde passamos grande parte do nosso dia num espaço limpo, asseado, que seja um reflexo da maneira de pensar dos alunos e da Direcção é também uma preocupação da AECV. Tornar o espaço do Colégio num espaço confortável, agradável e acima de tudo mais saudável para todos só traz vantagens e beneficios.
A consciência ambiental de todos os alunos tem visivelmente aumentado. Isso leva não só a melhorias no ambiente escolar mas também quando os alunos saem da escola, são já melhores cidadãos porque entretanto ganharam hábitos de separação de resíduos e de preservação do meio urbano que os rodeia. A meu ver, a implementação destas medidas na escola é uma batalha ganha em duas frentes: na escola e na sociedade. Os alunos são agora mais sensíveis às questões ambientais.
Por consideramos este esforço válido, a AECV decidiu premiar um aluno que fosse reconhecido como um exemplo, um modelo para uma forma de estar ecológica. A AECV acredita piamente que se deve realçar pela positiva aqueles que podem ser modelos para outros, reconhecendo por um lado que esta eco-forma e eco-metodologia de agir e actuar é o caminho a seguir e os que o fazem devem ser premiados. A AECV acredita em realçar pela positiva.
Concluindo, é para nós um dado adquirido que esta política e o plano de acção do Conselho Eco-Escola levam o Colégio a registar melhoramentos óbvios e a AECV está empenhada em dar o seu contributo em prol dessa causa.


Associação de Estudantes do Colégio Valsassina

segunda-feira, maio 29, 2006

RCS Serviços Marketing Directo e a Publifast - Meios Publicitários novos Eco-parceiros do Colégio

Como forma de assinalar os três anos de trabalho do programa Eco-Escolas, pretendemos desenvolver uma campanha de sensibilização da comunidade escolar para a temática ambiental.
Assim, serão colocadas nos recreios várias lonas/faixas com 3 m de comprimento com frases que apelam para sensibilização/reflexão.
A empresa RCS, Serviços Integrados de Marketing Directo, Lda, aliou-se a esta iniciativa patrocinando a construção e impressão de 7 lonas.
De referir que de acordo com o Programa Eco-Escolas, aos estudantes é-lhes dirigido o desafio de se habituarem a participar nos processos de decisão e a tomarem consciência da importância do ambiente no dia-a-dia da sua vida pessoal, familiar e comunitária. Além disso, o Programa procura igualmente, estimular a criação de parcerias locais, contribuindo para um maior envolvimento e participação em todo o processo das autarquias, empresas, órgãos de comunicação social, ONGA’s, etc.
Por sua vez, a proposta às escolas consiste na adopção de uma metodologia de trabalho que, articulando actividades de exploração de diversos temas, contribua para uma melhoria global do ambiente da escola e da comunidade. Nos últimos 3 anos temos conseguido envolver toda a comunidade escolar em torno de um objectivo comum: um melhor ambiente…

II Congresso Infanto-Juvenil sobre Sustentabilidade

Realizou-se no dia 26 de Maio de 2006, nas instalações da estação Agronómica de Oeiras, o II Congresso Infanto-Juvenil sobre Sustentabilidade
Pretende-se com esta iniciativa dar o protagonismo aos jovens, quer seja através da participação de oradores convidados, quer pela participação em várias experiências práticas. Paralelamente será produzido durante o evento, um documento com as “recomendações das crianças e jovens para a década das nações unidas para a educação para o desenvolvimento sustentável”.
Em virtude do trabalho desenvolvido pelo Colégio na área da Educação Ambiental, fomos convidados, pelo segundo ano, a apresentar uma comunicação neste congresso.
A participação no Projecto Carbon Force justificou a participação da turma 8º C neste congresso, tendo apresentado uma comunicação intitulada “Combater as alterações climáticas: é uma Missão Possível !”.


(resumo da comunicação)
Combater as alterações climáticas, é uma Missão Possível
Ana Grilo; Marisa Gama; Pedro Abraços; Pedro Fonseca
8º C, Colégio Valsassina, Lisboa

Portugal, encontra-se actualmente, perante grandes desafios ambientais, principalmente nas questões relacionadas com a escassez de água, o desperdício energético e o aumento excessivo nas emissões de gases de efeito estufa. Torna-se assim fundamental sensibilizar os cidadãos, para a importância das suas atitudes na mitigação de impactos ambientais.
O Instituto do Ambiente e o Instituto Superior Técnico (IST), com o apoio do programa Eco-Escolas, estão a desenvolver o Projecto sobre Alterações Climáticas para as Escolas (Projecto Carbon Force) o qual está a ser implementado, em 2005/06, em apenas 25 escolas portuguesas. No Colégio Valsassina, nesta fase do projecto, participam as turmas, 8º C; 9º A, 10º 1A, 10º 1B. O principal objectivo deste projecto consiste em desenvolver e implementar um programa piloto de sensibilização e acção que permita às comunidades escolares combater as alterações climáticas e criar e pôr em prática políticas sustentáveis na área da energia e transporte.
Ao longo do primeiro período procedemos a auditorias energéticas e à leitura de contadores de água e electricidade e sua introdução numa matriz on line que possui uma ferramenta, a calculadora de dióxido de carbono (CO2). Através desta é possível determinar qual é o contributo do Colégio na emissão de CO2 e, a partir dos valores obtidos, definir um plano de acção que vise uma redução da poluição.
Verificámos que em 2004/05 o Colégio foi o responsável pela emissão de cerca de 840 ton CO2 e entre Set. de 05 e Fev. 06 registou-se cerca de 115 ton CO2. Com base nas emissões por sector, definiu-se um plano de acção e uma meta final: reduzir em cerca de 1% as emissões de CO2 tendo por base os valores do ano lectivo anterior. Entre as actividades realizadas para tentar cumprir este objectivo destacamos: plantação de árvores (sumidouros CO2; colocação de etiquetas de sensibilização junto às torneiras e interruptores; dia do Sol; concurso eco-aluno/eco-família).

Valsassina renova título nacional nas Olimpíadas do Ambiente

As Olimpíadas do Ambiente, são uma iniciativa conjunta da QUERCUS e da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa que se tornou já num dos mais ambiciosos e inovadores projectos de educação ambiental a nível nacional, abrangendo um cada vez maior número de jovens em idade escolar.
Desde a sua criação em 1994, até à actual edição já participaram cerca de 300 000 alunos espalhados por todo o país. A mobilização e a sensibilização da comunidade escolar em prol da protecção do Ambiente e da Conservação da Natureza são o principal objectivo das Olimpíadas do Ambiente e na prática consiste num concurso de problemas e questões sobre sete temas chave relacionados com o ambiente: conservação da Natureza, recursos naturais, poluição, estilos de vida, ameaças globais, politica ambiental e realidade portuguesa para todas estas áreas.

Estão estabelecidas duas categorias distintas de acordo com o nível de ensino, que pode ser público, particular ou cooperativo. A categoria A inclui os alunos do 3º ciclo do ensino básico (do 7º ao 9º ano) e a categoria B destinada aos alunos do ensino secundário (do 10º ao 12º ano).
Na primeira eliminatória, que se realizou no passado dia 10 de Janeiro, e como já vem sendo habitual, a categoria A passou largamente à frente da categoria B, com uma participação a rondar os 22.000 alunos, enquanto que esta última se ficou pelos 7.000 alunos do ensino secundário, perfazendo ambas as categorias um total muito próximo dos 30.000 alunos. O Colégio teve uma participação total de 110 alunos.
Passaram à 2º Eliminatória os 200 melhores classificados a nível nacional, mais os 2 melhores alunos de cada escola inscrita que não tenham sido abrangidos pela selecção anterior, de modo a que todas as escolas inscritas estejam representadas, num total de 1500 alunos para a categoria A e próximo dos 750 alunos da categoria B.
Nesta segunda fase vários alunos do Colégio obtiveram boas classificações a nível distrital:
Cat. A:
• 1º lugar: Joana Silva (9º A)
• 2º lugar: Guilherme Fonseca (9º A)
• 3º lugar: Ana Filipa Louro (9º A)
Cat. B:
• 3º lugar: Pedro Silva (10º1A)

Os melhores participantes de cada categoria foram então apurados para disputar a tão aguardada e ansiada Final Nacional (que se realizou de 12 a 14 de Maio nas instalações da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento, em Sto Tirso).
Este ano o Colégio faz-se representar por 5 finalistas.
A Grande Final Nacional das XI Olimpíadas do Ambiente contou com a participação de 72 alunos (36 por categoria) oriundos de 60 escolas do ensino básico e secundário do Continente e Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Esta prova representa o culminar de 5 meses de trabalho no qual estiveram envolvidos cerca de 30.000 jovens de todo o país.
Os alunos foram avaliados através de uma prova oral e de um teste escrito. No final o grande vencedor na categoria B foi o aluno do Valsassina Pedro Silva. Desta forma o Colégio conquista, pelo segundo ano consecutivo, o título nacional nesta categoria.
De referir ainda que a aluna Joana Silva foi premiada como a “ambientalista mais colunável”, na sua categoria, pelos restantes participantes na final nacional. A ideia dos finalistas era eleger aquele que estaria mais à vontade para falar em público sobre a temática ambiental.

Esta iniciativa contribui para que os jovens fiquem mais atentos aos problemas ambientais do Mundo actual, para que, no futuro, quando tiverem a responsabilidade de tomar decisões (profissionais ou pessoais), saibam cuidar melhor do nosso Planeta do que as gerações actuais ou passadas.

Relativamente à participação do Colégio nas Olimpíadas tem-se constatado um crescente interesse e adesão dos alunos a iniciativas deste tipo. A participação tem permitido aos alunos trabalharem de uma forma autónoma sendo um meio privilegiado para se adquirirem certas competências, e ao mesmo tempo, contribuir para adquirir, certos valores que incluam um vivo interesse pelo ambiente e uma motivação suficientemente forte para participarem activamente na protecção e na melhoria da qualidade do ambiente.

segunda-feira, abril 24, 2006

Carbon Force: Missão Possível...



O Carbon Force é um projecto-piloto implementado pelo Instituto do Ambiente e pelo Instituto Superior Técnico, baseado no tema das alterações climáticas, da energia e dos transportes. Vinte escolas da área do Grande Porto e Grande Lisboa, em especial alunos do 2º ciclo, 3º ciclo e secundário irão participar em actividades práticas para sensibilização ambiental.
Do Colégio Valsassina participam as turmas: 8º C; 9º A 10º1A; 10º1B.
Os principais objectivos deste projecto são, entre outros, a redução da emissão de dióxido de carbono, e a criação e aplicação de políticas ambientalistas na área de energia e transportes.
Para isto ir-se-ão aplicar metodologias que envolvam professores, alunos e pais assim como outras entidades públicas e privadas.
Essas metodologias incluem a utilização de ferramentas multimédia, leitura de contadores de gás, electricidade e água, auditorias (na escola e nas casas dos alunos) e planos de acção organizados pelos alunos, entre outros.
Com o fim de verificar a eficácia do projecto, serão realizadas leituras mensais dos contadores. A redução (ou não) da emissão de dióxido de carbono, calculada através da inserção dos dados lidos nos contadores na página do carbon force (http://www.carbonforce.net/), permitirá concluir qual a eficácia do projecto.
Caso esta “missão possível” se venha a mostrar realizável, será aplicada ao resto do País na esperança de se tornar um projecto cada vez mais abrangente.
A nossa meta é emitir cada vez menos CO2... só é possível com o esforço de todos.

Inês Almeida, 10º1B

quarta-feira, abril 19, 2006

Valsassina: queremos poluir menos...

Sabiam que no Colégio Valsassina, no presente ano lectivo, até ao momento foram emitidos cerca de 115 084 Kg de CO2?

Este valor, se for dividido pela população total (alunos, docentes e não-docentes) do Colégio, dá uma média de 75.86 Kg de CO2 por pessoa, até ao momento !
Os transportes são o maior contribuidor para a emissão de CO2 do Colégio: neste ano lectivo correspondem a 71.67% das emissões totais.

Podemos comparar os dados mensais do ano lectivo passado com os deste ano, dado que não incluem os transportes: no mês de Novembro houve uma acentuada descida de 2682,65 Kg de CO2 - 9138.32 Kg de CO2 (2004/2005) para 6455.55 Kg (2005/2006).
Já em Dezembro, pelo contrário, notou-se uma subida: foram emitidos 13962.4 Kg (2005/2006), em contraste com os 11669.26 Kg produzidos em 2004/2005.
No mês de Janeiro os valores mantiveram-se: 11260.6 Kg em 2004/2005 e 11614.89 Kg em 2005/2006.
Em Fevereiro existiu novamente uma acentuada subida de emissões: de 8270.31 Kg (2004/2005) para 15999.25 Kg (2005/2006), correspondente a um aumento de 7728,94 Kg de CO2.
Como ainda não se têm os dados dos meses seguintes, é impossível compará-los com os do ano passado.
A título de curiosidade, o total, emKg, de CO2 emitido pela escola em 2004/2005 (total este que não inclui os transportes), daria para mover 167 balões de ar quente, conduzir 31 carros durante um ano ou fornecer electricidade suficiente para 57 casas durante um ano, 2005.
Já os valores emitidos em 2005/2006, até Fevereiro, incluindo as emissões dos transportes, seriam suficientes para 230 balões de ar quente, 43 carros conduzidos durante um ano ou 79 casas a consumir electricidade durante um ano.
Podemos concluir que houve diversas subidas de emissões, o que significa que é necessário que se tomem medidas para contrariar e inverter tal tendência.
Foi assim já definido um plano de acção para este ano lectivo, que esperamos que diminua as emissões e traga efeitos a curto / médio prazo. De entre as actividades previstas, fazem parte campanhas de sensibilização (autocolantes, cartazes, etc), um “dia sem electricidade”, entre outras.

Não te podes esquecer que nós podemos indicar-te o caminho e dizer-te o que fazer para reduzir as emissões e pôr em prática políticas sustentáveis, mas a acção cabe-te a ti !

Para mais informações visita http://www.carbonforce.net/.


João Miguel Bezelga, Nuno Bernardo Soares