Os zoos, atualmente, desempenham um papel fulcral na proteção
das espécies.
Carolina Madeira Fonseca. Colégio
Valsassina. Lisboa
A biodiversidade do
Planeta está agora mais ameaçada do que em qualquer outro período histórico.
Cada vez mais, os Zoos já não são meros locais
de entretenimento, são um recurso valioso, em matéria de educação do público,
de conservação das espécies e de investigação científica. Atuam junto à
sociedade e à natureza, não apenas interagindo como museus vivos para
apresentar sua coleção de animais ao público visitante, mas também colaborando
com a conservação ex situ das espécies que abrigam.
É hoje reconhecido que a biodiversidade do Planeta está
agora mais ameaçada do que em qualquer outro período histórico, estimando-se
mesmo que cerca de onze mil espécies de plantas e animais corram o risco de
extinção iminente num futuro próximo
O problema da redução da biodiversidade, não sendo novo,
assumiu no século XX – e sobretudo nas suas últimas décadas - proporções nunca
antes atingidas, conforme resulta do relatório “Global Diversity Assessment”,
promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).
Para
diminuir ou evitar a perda da Biodiversidade é necessário preservar umas e de
conservar outras espécies. Para tal é necessário criar mecanismos de proteção das
espécies, principalmente das em risco de extinção.
Da lista
de mecanismos fazem parte, o armazenamento de sementes ou de embriões,
manutenção de alguns indivíduos em zoológicos, terrários, aquários e viveiros,
até a criação de áreas protegidas e de preservação, que conservam não só as
espécies, mas também os ecossistemas onde estas se inserem.
Estes
locais permitem que as espécies se reproduzam num ambiente semelhante ao seu
habitat natural, e mais tarde, quando preparados para uma vida autónoma os
animais são desenvolvidos ao local de origem. A troca de animais entre zoos
impede o cruzamento de indivíduos da mesma espécie, evita a consanguinidade e
pode promover a variabilidade genética das espécies o que, pelo menos
potencialmente, contribuiu para assegurar a sua sobrevivência,.
De
acordo com um estudo publicado pela revista
Science (em 18 de março de 2011), os Jardins Zoológicos tornaram-se numa peça
fundamental para a protecção e conservação dos animais ameaçados de extinção.
De que
se alimentam os macacos? Será verdade que os elefantes vêm a preto e branco? Em
que ambiente vivem os koalas? Por vezes deparamo-nos com questões a cerca da
vida selvagem às quais não conseguimos dar resposta, respostas estas que chegam
até nós através dos zoos.
Eles
estão presentes em todo o mundo, são acessíveis a uma grande parte da população
e mantêm sob seus cuidados uma significativa quantidade e biodiversidade de
animais. Deste modo, atuam junto à sociedade e à natureza, não apenas
interagindo como museus vivos para apresentar sua coleção de animais ao público
visitante, mas também colaborando com a conservação ex situ das espécies
que abrigam e in situ, por exemplo, através de uma rede de parcerias e
de projetos de investigação.
Atuam de
várias formas na conservação das espécies, promovendo a criação em cativeiros,
realizando pesquisas em zoologia e biologia das espécies cativas, muitas vezes
em parceria com instituições de pesquisas nacionais e internacionais,
participam da libertação de animais e também realizam atividades em educação
ambiental, aumentando o interesse, afeição e conhecimento do público em geral
sobre a fauna silvestre.
Os Jardins Zoológicos apresentam-se como uma forma de incentivar o
interesse das pessoas pelo mundo natural, muito para além das grandes cidades e
da vida urbana. Direta ou indiretamente, estes locais contribuem para o combate
às alterações climáticas e a consequente conservação da natureza e
biodiversidade. Ao sensibilizar os visitantes dos problemas que afetam os
animais e plantas, estão a contribuir para a sensibilização das pessoas a
tomarem atitudes mais responsáveis e ecológicas. Com isto, as pessoas tendem a
preocupar-se com a natureza em prol da sobrevivência dos animais. Assim, tende
a demonstrar o papel que a ação humana tem na conservação das espécies.
Hoje em dia, os Zoos já não são meros locais de entretenimento, são
um recurso valioso, em matéria de educação do público, de conservação das
espécies e de investigação científica.
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