Encosta do Pisco, Serra do Gerês (cerca de 700 m de altitude). Parque Nacional da Peneda-Gerês
O Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG),
considerado pela UNESCO como Reserva Natural da Biosfera e o único parque
nacional em Portugal, recebeu a sua classificação em 1971.
Uma das espécies que mais se destaca no
âmbito da fauna do Parque Nacional Peneda Gerês são os cavalos Garranos, os
quais fazem da fauna autóctone do PNPG. Esta raça de cavalos é bastante antiga
e tem conservado a sua morfologia ao longo da história. É comum ser criado em
liberdade, sendo portanto um cavalo tendencialmente semi-selvagem dada a mínima
intervenção do ser humano na sua criação.
Em termos morfológicos, o cavalo
garrano é um ser de pequeno porte, com altura média de cerca de 1,35 m, com
pelagem castanha comum ou castanha escura, sendo mais clara no focinho. As
crinas são mais escuras, pretas por vezes, tal como a cauda, com pelos
encrespados. São animais que exprimem um temperamento geralmente receoso para
com o ser humano quando não criado por si ou na sua presença. Caso estas
últimas condições se verifiquem são animais bastante dóceis e ideias para
famílias e crianças. É um animal muito resistente, adaptando-se com bastante
facilidade a terrenos ingremes, podendo também, quando domesticado, percorrer
longas distâncias com cargas consideráveis, sendo um animal ideal para executar
tarefas agrícolas.
Um grupo de alunos
do Colégio Valsassina está a desenvolver um estudo que incide, essencialmente, sobre o parasitismo gastrintestinal dos Garranos Bravios do PNPG. A compreensão
deste elemento pode contribuir não só para aumentar o conhecimento sobre este
grupo de animais, mas acima de tudo pode fornecer dados que visem uma melhor
gestão e conservação de um importante património natural autóctone.
Os primeiros exames
coprológicos (análise dos dejetos dos animais recolhidos durante o mês de
janeiro) revelam a presença uma elevada prevalência de animais infectados,
sendo que os mais comuns são os nemátodes da família Strongylidae, designados vulgarmente por estrongilídeos. Embora ainda provisórios, os resultados obtidos parecem apontar para a necessidade de um regular
acompanhamento desta população, visando a avaliação do estado seu sanitário.
Agradecimentos: A
realização deste trabalho não teria sido possível sem a colaboração da Prof. Maria do Mar Oom, da Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa, e de António Rebelo, técnico do Parque
Nacional da Peneda-Gerês, pelo tempo e apoio disponibilizados para a realização
deste projeto.
Catarina Caçote, Gonçalo Pereira,
Joana Duarte. Colégio Valsassina
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