sábado, março 09, 2013

Centro mineiro de Aljustrel apresenta um elevado potencial económico e social. Vertente ambiental deve mais ser desenvolvida.


Centro mineiro de Aljustrel apresenta um elevado potencial económico e social. Vertente ambiental deve mais ser desenvolvida.







A Faixa Piritosa Ibérica (FPI), onde se encontra a região do Baixo Alentejo, constitui o maior distrito mineiro europeu, estendendo-se por uma faixa de aproximadamente 250 km que atravessa o sul da Península Ibérica, onde são conhecidas várias dezenas de minas.
A mina de Aljustrel localiza-se nessa Faixa, mundialmente reconhecida pela sua riqueza em jazigos de sulfuretos maciços vulcanogénicos, vulgarmente conhecidos por pirites. Esta província metalogenética forma um arco com uma extensão de 250 km de comprimento e 30 a 60 km de largura, que abrange parte do Alentejo, do Algarve e da Andaluzia.
No centro mineiro de Aljustrel conhecem-se reservas superiores a 250 milhões de toneladas de pirite o que faz desta mina uma das maiores da Faixa, a par de Neves Corvo (mina em atividade localizada próximo de Almodôvar), e de Rio Tinto, Los Frailes-Aznalcollar, Tharsis, La Zarza e Sotiel-Migollas (áreas mineiras atualmente abandonadas e situadas em Espanha).
“As minas são tudo, são a nossa vida”. É assim que, Gisela Ramos, habitante na Vila de Aljustrel, descreve a importância que a Mina de Aljustrel representa na economia local.
Mas apesar da sua importância verifica-se igualmente um contributo negativo: o impacto, quer visual quer ambiental, do processo mineiro na região é bastante notório condicionando a qualidade de vida da população devido à contaminação de solos, sedimentos e águas.
Um dos impactes ambientais evidentes neste local é fenómeno conhecido por drenagem ácida. A cor vermelho-acastanhada, evidente na imagem, é bem característica deste problema.
Esta é muito comum nas minas de pirite, e é gerada quando minerais, que se encontram a grande profundidades e que contêm sulfetos, são expostos a ambientes abertos e entram em contacto com oxigénio e água, gerando sulfatos (substâncias ácidas). Estes, quando não controlados (por exemplo, devido a escombreiras ou ao abandono de algumas instalações), podem contaminar as águas subterrâneas e os cursos de água que circundam a mina.
A vila de Aljustrel depende económica e socialmente desta mina, pelo que é necessário procurar um equilíbrio entre a vertente económica, e a vertente social e ambiental.

Carolina Fonseca, Francisco Paim, Henrique Avelar. Colégio Valsassina


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