sábado, março 09, 2013

Zoos: Educação, Conservação e Diversão


Zoos: Educação, Conservação e Diversão
Ana Catarina Pauleta
Colégio Valsassina
Fevereiro 2013
O Jardim Zoológico de Lisboa foi criado em 1884. Este foi o primeiro parque deste tipo a ser fundado na Península ibérica, sendo atualmente um local onde é possível aliar a conservação e a educação. Os Parques Zoológicos têm apostado e esforçado em reproduzir animais em cativeiro e devem assumir-se como um elemento chave para a conservação quer in situ, quer ex situ das espécies que abrigam, contribuindo assim para o combate à redução na biodiversidade.

            O Jardim Zoológico de Lisboa foi criado em 1884. Este foi o primeiro parque deste tipo a ser fundado na Península ibérica. Nele habitam mais de 360 espécies de todo o reino animal. Destas, 54 são EEP’s (the European Endangered species Programme). Atualmente, o Jardim Zoológico de Lisboa é um local onde é possível aliar a conservação e a educação. É também uma fonte de entretenimento e diversão visitado diariamente por centenas de pessoas dos 0 aos 80 anos.
           Um estudo do Governo Alemão e da Comissão Europeia durante a presidência alemã do G8 aponto que a diminuição da biodiversidade pode reduzir para metade os recursos das populações mais pobres do mundo. Também prevê uma descida de 7% no PIB mundial até 2050 causado pela degradação da natureza.
           Uma das formas mais evidentes de redução da biodiversidade é a extinção das espécies. Esta é, muitas vezes, uma consequência de problemas ambientais, políticos, sociais e/ou culturais. O aumento do efeito de estufa, a destruição de habitats, a caça mortífera, as alterações em ecossistemas, são alguns fatores que contribuem para esta diminuição.
Neste contexto, os Jardins Zoológicos assumem cada vez mais um papel de extrema importância no combate à redução da biodiversidade. Estes possuem em cativeiro animais (muitos dos quais em perigo de extinção) e proporcionam lhes um habitat estável e com todas as condições para se reproduzirem. “Um animal feliz no Zoo é aquele que consegue reproduzir muitas vezes.”. Atuam assim na conservação das espécies, promovendo a criação em cativeiros, realizando pesquisas em zoologia e biologia das espécies cativas (com frequência em parceria com instituições de pesquisas nacionais e internacionais). Ao longo dos anos, os Zoos têm apostado e esforçado em reproduzir animais em cativeiro para que os descendestes tenham uma maior possibilidade de sobreviver. Deste modo, os zoos podem, e devem, assumir-se como um elemento chave para a conservação quer in situ, quer ex situ das espécies que abrigam.
Os jardins zoológicos possuem equipas multidisciplinares, com veterinários, zoólogos e biólogos, tratadores, que acompanham todos os animais de modo a conseguir que estes sobrevivam e se reproduzam com sucesso. Há um especial cuidado para tornar o sítio onde os animais vivem o mais parecido possível com a realidade, ou seja, é semelhante aos habitats naturais e são desenvolvidos mecanismos para que os animais tenham os mesmos regimes alimentares como no estado selvagem. Desta forma, os animais não ficam domesticados, podendo, potencialmente, um dia mais tarde voltarem ao mundo selvagem.
Os Zoos também têm como papel fundamental relembrar as pessoas que há milhares de espécies de animais no mundo e que muitas estão em perigo. Permitem uma verdadeira viagem pelo mundo. Estes dão a conhecer os animais a milhares de pessoas, permitindo uma certa interação, de forma a conhece-los e assim sentirem-se sensibilizadas a respeitar a vida animal, contribuindo para aumentar a sua consciência ecológica.
Em suma, os Jardins Zoológicos, não só têm um importante papel na parte da educação, como na parte de conservação de pequenas relíquias do mundo, os animais. Ir a um Jardim Zoológico não só é uma forma de diversão e entretenimento como um adquirir de conhecimentos sobre cada espécie e do mundo, contribuindo assim para o combate à redução na biodiversidade. Com menor diversidade de espécies a vida na Terra torna-se mais sujeita a alterações ambientais. Pelo contrário, quanto mais rica é a diversidade biológica maior é a oportunidade para descobertas no âmbito da medicina, da alimentação, do desenvolvimento económico e de serem encontradas respostas adaptativas a essas alterações ambientais. Como tal, os Jardins Zoológicos assumem-se como um dos pilares fundamentais para a conservação das espécies.

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