sábado, junho 27, 2009

Ecovalsassina e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

A Declaração do Milénio, adoptada em 2000, por todos os 189 Estados Membros da Assembleia Geral das Nações Unidas, veio lançar um processo decisivo da cooperação global no século XXI. Nela foi dado um enorme impulso às questões do Desenvolvimento, com a identificação dos desafios centrais enfrentados pela Humanidade no limiar do novo milénio, e com a aprovação dos denominados Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDGs) pela comunidade internacional, a serem atingidos num prazo de 25 anos, nomeadamente:
  1. Erradicar a pobreza extrema e a fome
  2. Alcançar a educação primária universal
  3. Promover a igualdade do género e capacitar as mulheres
  4. Reduzir a mortalidade infantil
  5. Melhorar a saúde materna
  6. Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças
  7. Assegurar a sustentabilidade ambiental
  8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento

Foram ainda aí estabelecidas metas quantitativas para a maioria dos objectivos, com vista a possibilitar a medição e acompanhamento dos progressos efectuados na sua concretização, ao nível global e nacional.

  • Objectivo 1: Erradicar a pobreza extrema e a fome
    Meta 1. Reduzir para metade, entre 1990 e 2015, a proporção de população cujo rendimento é inferior a um dólar por dia
    Meta 2. Reduzir para metade, entre 1990 e 2015, a proporção de população afectada pela fome
    Objectivo 2: Atingir o ensino primário universal
    Meta 3. Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino primário
    Objectivo 3: Promover a igualdade de género e a capacitação das mulheres
    Meta 4. Eliminar a disparidade de género no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, o mais tardar até 2015
    Objectivo 4: Reduzir a mortalidade infantil
    Meta 5. Reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade de crianças com menos de 5 anos
    Objectivo 5: Melhorar a saúde materna
    Meta 6. Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna
    Objectivo 6: Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças
    Meta 7. Até 2015, parar e começar a inverter a propagação do HIV/SIDA
    Meta 8. Até 2015, parar e começar a inverter a tendência actual da incidência da malária e de outras doenças graves
    Objectivo 7: Garantir a sustentabilidade ambiental
    Meta 9. Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e inverter a actual tendência para a perda de recursos ambientais
    Meta 10. Reduzir para metade, até 2015, a percentagem de população sem acesso permanente a água potável
    Meta 11. Até 2020, melhorar significativamente a vida de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados
    Objectivo 8: Criar uma parceria global para o desenvolvimento
    Meta 12. Continuar a desenvolver um sistema comercial e financeiro multilateral aberto, baseado em regras, previsível e não discriminatório
    Meta 13. Satisfazer as necessidades especiais dos Países Menos Avançados
    Meta 14. Satisfazer as necessidades especiais dos países sem litoral e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento
    Meta 15. Tratar de forma integrada o problema da dívida dos países em desenvolvimento, através de medidas nacionais e internacionais, por forma a tornar a sua dívida sustentável a longo prazo
    Meta 16. Em cooperação com os países em desenvolvimento, formular e aplicar estratégias que proporcionem aos jovens trabalho condigno e produtivo
    Meta 17. Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis, aos países em desenvolvimento
    Meta 18. Em cooperação com o sector privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e comunicação

Fonte: OCDE, 2004: 59.

O trabalho desenvolvido no Colégio Valsassina, no âmbito do projecto Ecovalsassina, relaciona-se directamente com o 7º objectivo de desenvolvimento do Milénio.

Garantir a sustentabilidade ambiental. Os Recursos Naturais (tais como a água, as fontes energéticas, as florestas, o ar e a biodiversidade) são factores ambientais chave para a qualidade da vida humana e que compõem o nosso ambiente. É fundamental que o Homem perceba o quanto depende da protecção destes recursos, adoptando medidas concretas e responsáveis para tanto na prática da cidadania (o dia-a-dia de cada um) como nas politicas e programas nacionais dos governos de todos os países.
Por sua vez, as emissões de dióxido de carbono (CO2 – gás com efeito de estufa) atingiram 28 mil milhões de toneladas em 2005 e continuam a crescer, resultando num aumento de concentração atmosférica de CO2. A nível global, as emissões de CO2 aumentaram cerca de 30% entre 1990 e 2005, com um crescimento anual, entre 2000 e 2005, maior que na década precedente. As emissões per capita são mais elevadas nas regiões desenvolvidas: cerca de 12 toneladas de CO2 por pessoa num ano, comparando com cerca de 3 toneladas nas zonas em desenvolvimento e 0.8 toneladas na África Subsariana. As emissões por unidade económica de produção diminuíram mais de 20% nas zonas desenvolvidas, tendo crescido 35% no Sudoeste Asiático e 25% no Norte de África.

O trabalho desenvolvido no Colégio Valsassina através do projecto Ecovalsassina pretende fornecer um contributo para que, globalmente, os objectivos de desenvolvimento do milénio sejam atingidos.

sexta-feira, junho 26, 2009

Auditoria ambiental - Junho 2009

A auditoria constitui um dos suportes metodológicos do Programa Eco-Escolas. O seu principal objectivo é o de contribuir para o delineamento de acções concretas adaptadas à realidade de cada escola.
A Auditoria Ambiental deve conduzir ao levantamento de problemas e fragilidades quer ao nível da gestão ambiental do espaço escolar, quer relativamente ao grau de sensibilização ambiental da população escolar. Como tal, deve ser abrangente e considerar todas as actividades da escola com impacte sobre o Ambiente, designadamente o lixo (resíduos sólidos), a utilização da água e da energia - temas-base de trabalho de uma Eco-Escola), o espaço interior e exterior da escola, nomeadamente, o ruído e os recreios, a política de aquisições, os transportes utilizados, etc.. Deve ainda ser atribuída particular importância ao tema definido para cada ano.
A auditoria constitui desta forma um instrumento de diagnóstico ambiental da comunidade escolar. Poderá por outro lado, se realizada em períodos de tempo diferentes, vir a ser utilizada como instrumento de monitorização e avaliação de todo o processo inerente à educação ambiental, que se pretende dinamizar nas Eco-Escolas.

A ABAE/Programa Eco-Escolas fornece às escolas uma ferramenta para a auditoria ambiental. Esta inclui dois tipos de questões:
- questões que requerem uma tarefa de OBSERVAÇÃO ou INVESTIGAÇÃO. No Colégio Valsassina estas questões são da responsabilidade do Conselho Eco-Escola.
- questões que requerem INQUÉRITO ou SONDAGEM. Este tipo de questões deve ser apurado através de um questionário.

O guia de auditoria ambiental proposto pela ABAE/Programa Eco-Escolas pode ser consultado em http://www.abae.pt/programa/EE/guias.php.


sábado, junho 20, 2009

Ano Internacional da Astronomia 2009: Sistema Solar à Escala em exposição do recreio no Colégio Valsassina

A União Astronómica Internacional (UAI) promove a organização, em 2009, do Ano Internacional da Astronomia (AIA2009). Esta iniciativa tem como base uma proposta do governo italiano apresentada à UNESCO e que foi aprovada na sua XXXIII Sessão da General Conference que decorreu em Paris em Outubro de 2005. Em 2006, a UAI propôs à Organização das Nações Unidas a declaração do ano de 2009 como Ano Internacional da Astronomia.
A 20 de Dezembro de 2007 a 62ª Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução sobre o AIA2009:
“Noting that the International Astronomical Union has been supporting the initiative since 2003 and that it will act to grant the project the widest impact, Convinced that the Year could play a crucial role, inter alia, in raising public awareness of the importance of astronomy and basic sciences for sustainable development, promoting access to the universal knowledge of fundamental science through the excitement generated by the subject of astronomy, supporting formal and informal science education in schools as well as through science centres and museums and other relevant means, stimulating a long-term increase in student enrolment in the fields of science and technology, and supporting scientific literacy, [ONU] decides to declare 2009 the International Year of Astronomy (...)”.
Como forma de nos associarmos às comemorações deste Ano Internacional foi elaborado um "Sistema Solar à Escala".
Este trabalho, elaborado pelos alunos do 7ºB, envolveu as disciplinas de Área-Projecto, Ciências Naturais e Ed. Visual. O produto final consiste num conjunto de cartazes, em tamanho A3, com informações sobre os vários astros do sistema solar, e que está desde o dia 30 de Maio em exposição no recreio do Colégio Valsassina. As distâncias entre os vários astros/cartazes respeitam a distância real, sendo por isso utilizada uma escala.

sexta-feira, junho 19, 2009

Eco-Código 2009


Eco-Código 2009: descrição


Bases para discussão e elaboração do poster apresentado:
· Resultados da auditoria ambiental ao Colégio Valsassina;
· Carta Ambiental do Colégio Valsassina;
· Princípios do “Condomínio da Terra”;
· Carta da Terra.

Ideia-chave:
Entre a crosta terrestre, o mar, a atmosfera e os seres vivos, existe uma rede complexa de interligações permanentes que sustentam a vida no planeta. Como tal, temos de adaptar o nosso modo de vida e organização a este funcionamento global da Biosfera. Então, se vivemos todos na mesma casa, se somos todos vizinhos, todos dependemos de todos e problemas globais não se resolvem de forma isolada. Todos temos uma tarefa a cumprir. Está nas nossas mãos…

Legenda:
1 a 13 – Biodiversidade:

  • 1. Lagarta-do-medronheiro (Charaxes jasirus)
    2. Papilio (Papilio demoleus)
    3. Sapo-tropical (Bufo viridis)
    4. Caracol (Camaena arata)
    5. Concha-morango (Clanaulus pharonium)
    6. Guincho-comum (Circaetus gallicus)
    7. Camaleão (Chamaeleo chamaeleon)
  • 8. Colónia de anémonas (Parazoanthus axindae)
    9. Erva-abelha (Ophrys apifera)
    10. Falsa-cobra-de-coral (Lampropeltis triangulum)
    11. Pavão (Pavo cristatus)
    12. Zebra (Equus burchelli)
    13. Iguana (Iguana iguana)

14 - Terra: a nossa casa comum. A Biodiversidade e os ecossistemas sustentam a regulação dos ciclos da natureza, sendo determinantes no funcionamento dos serviços ambientais vitais. Estes serviços são capazes de sustentar e satisfazer as condições de vida humana, assegurando a nossa sobrevivência.

15 – As nossas opções diárias fazem a diferença. É preciso combater a crise ambiental, em particular combater as alterações climáticas (o maior desafio do século XXI):
16. A acção deve começar ao nível local, nas nossas famílias…
17. As cidades devem ser espaços de partilha e de sustentabilidade…
18. É urgente mudar a forma de vida, a começar pela forma como nos deslocamos diariamente…

19 – É altura de assumir a nossa responsabilidade e assegurar o futuro do planeta. Inicialmente sujeito à natureza de que dependia, o Homem mudou profundamente essa relação a partir da Revolução Industrial. A humanidade encontra-se num momento de definição histórica, como sociedade e como civilização.

quinta-feira, junho 18, 2009

GREEN PROJECT AWARDS 2009

O GREEN PROJECT AWARDS 2009, pretende premiar e reconhecer boas práticas em projectos que promovam o desenvolvimento sustentável implementados em Portugal, como complemento a um movimento de sensibilização para as temáticas referidas, com os objectivos gerais de alertar e consciencializar a Sociedade Civil para a importância do equilíbrio ambiental, económico e social.
Pelo segundo ano consecutivo o Colégio Valsassina apresentou uma candidatura a este prémio. O projecto "Gestão Voluntária de Carbono: a caminho de uma low carbon school" foi submetido a concurso.
Para mais informações consultar http://www.greenprojectawards.pt/.

Os nossos novos afilhados (08/09)

Dando sequência ao apoio prestado em anos anteriores, a algumas instituições (em particular o Jardim Zoológico e a AEPGA - Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino), através do aparinhamento de animais, este ano lectivo fizemos dois novos afilhados.
Durante a nossa passagem pelo CERVAS, integrado na saída de campo ao Parque Natural da Serra da Estrela, os alunos tiveram oportunidade para conhecerem o funcionamento de um centro de recuperação e no final, cada turma visitante escolheu adoptar um animal deste centro.
Os novos afilhados são:
  • Bufo-Real (Bubo bubo)
  • Milhafre-preto (Milvus migrans)


domingo, junho 14, 2009

Condomínio da Terra: faz alguma coisa....

Organizar a vizinhança global é um grande desafio que precisa do teu apoio!
  • Diz a todos para assinarem a Declaração de Gaia- http://www.earth-condominium.com/pt/.
  • Passa a palavra: Diz a toda a gente que afinal somos todos vizinhos e que precisamos de organizar a nossa vizinhança global para conseguirmos garantir a manutenção do planeta.
  • Vê o vídeo e mostra-o a toda a gente.
    Este é um movimento sem fins lucrativos com muitos custos envolvidos pois estamos a tentar fazer chegar esta mensagem e convencer todo o mundo.
  • Podes inscrever-te para plantar árvores, ajudar a organizar a conferência, precisamos de designers, webdesigners, investigadores, bloggers, professores, pessoas com todo o tipo de competências.
    Dias 4 e 5 de Julho junta-se a nós no Compromisso de Gaia.

Faz alguma coisa pelo teu futuro.

Mais informações em http://www.earth-condominium.com/pt/

Condomínio da Terra


Condomínio da Terra: temos de cuidar das partes comuns, a nossa sobrevivência depende disso!.

sábado, junho 13, 2009

Escola da Energia - Matemática da Energia

As alterações climáticas são um dos maiores desafios que a Humanidade enfrenta no século XXI, mas todos podemos colaborar na minimização dos impactes das actividades humanas sobre o ambiente se apostarmos na eficiência energética, optarmos por formas de energia menos poluentes e contribuirmos para uma mobilidade sustentável.
O projecto “Escola da Energia” visa promover a Educação para a Energia nas Eco-Escolas, num sentido de uma maior reflexão e procura de soluções para as questões ambientais que se colocam actualmente, no contexto do Desenvolvimento Sustentável.
Na modalidade "Matemática da Energia" foi lançado o desafio para as escolas apresentarem ferramentas para cálculo da sua pegada carbónica. No âmbito do nosso projecto "Gestão Voluntária de Carbono: a caminho de uma low carbon school" estava já previsto a elaboração de uma ferramenta deste tipo. Foi assim natural que apresentámos um trabalho a concurso.
Deixamos aqui o resumo do relatório de apoio.
Os resultados irão sair no final do mês de Julho.

Resumo

Todos nós contribuímos para o fenómeno do aquecimento global: com a energia que consumimos em casa; com as opções de transporte em férias ou no dia-a-dia; com os resíduos que produzimos. Tal como nas nossas casas, nas empresas e nas escolas, muitas actividades implicam a emissão para a atmosfera de gases que contribuem para o efeito de estufa, sendo o mais importante o dióxido de carbono.
Somos todos responsáveis e, como tal, não podemos ficar à espera que "os outros" encontrem solução para este problema. “A caminho de uma Low Carbon School” é o nome de um projecto que pretende, ao nível local, combater as alterações climáticas e pôr em prática políticas sustentáveis na área da energia e transportes.
O seu promotor é o Colégio Valsassina, através da Equipa da Energia, criada no âmbito do Conselho Eco-Escola. Para o desenvolvimento deste projecto foi criada uma parceria estratégica com a Ecoprogresso – Consultores em Ambiente e Desenvolvimento. Esta parceria permite-nos: adoptar e validar a metodologia mais adequada aos objectivos do Colégio, a formação dos elementos envolvidos; e o acompanhamento de todos os trabalhos.
Pretende-se elaborar e implementar um sistema de Gestão de Carbono associado às actividades do Colégio Valsassina, de forma a integrar as diversas questões ambientais onde o Colégio tem impacte, sob uma capa que abranja as Alterações Climáticas, a mais premente e actual ameaça ambiental, com importantes repercussões económicas e sociais.
Procedemos à construção de uma ferramenta para cálculo da pegada carbónica. Para tal, recorremos à metodologia de cálculo e comunicação de informação proposta pelo Protocolo de Gases com Efeito de Estufa (PGEE) que propõe, numa fase anterior ao cálculo da estimativa de emissões, o estabelecimento das fronteiras organizacionais e operacionais. Esta tarefa tem por objectivo identificar o universo de diferentes elementos abrangidos como sejam, por exemplo, todas as áreas de actividade da organização, os limites da sua ocupação geográfica e respectiva localização. Optámos por recolher dados relativos aos três âmbitos definido no PGEE, por considerar que estes oferecem um quadro de referência de registos abrangente, para gerir e reduzir as emissões directas e indirectas do Colégio Valsassina.
Integrando a componente energia e carbono, reduzindo o consumo energético e, consequentemente, as emissões de Gases com Efeito de Estufa pela implementação de medidas de redução de emissões, o Colégio Valsassina estará no caminho de se constituir como uma Low Carbon School, ou seja, uma Escola onde as preocupações com o impacte da sua actividade no clima foi integrada na gestão quotidiana, levando à determinação de acções de gestão da actividade que reduzem o seu impacte no clima.

Projectos Ciência na Hora - Microprojectos Ciência Viva - Candidatura do Colégio Valsassina foi aprovada.

Os Projectos Ciência na Hora - Microprojectos Ciência Viva visam, nomeadamente:
• Estimular a concepção e execução de actividades experimentais com o envolvimento activo dos alunos, bem como incentivar o desenvolvimento de abordagens pedagógicas inovadoras para o ensino experimental das ciências;
• Promover a formação de parcerias entre escolas dos ensinos básico e secundário e instituições de investigação científica, instituições de ensino superior, associações e sociedades científicas, autarquias e outras entidades numa perspectiva de partilha de recursos e de conhecimentos;
Na sequência do trabalho realizado no Departamento de Biologia do Colégio Valsassina, apresentámos um projecto a concurso. Os resultados saíram no passado dia 5 de Junho e é com prazer que informamos que a nossa candidatura foi aprovada.
Os trabalhos irão decorrer ao longo do ano lectivo 2009/2010.
Aqui deixamos o resumo do projecto.
Resumo
Daphnia magna é um organismo zooplanctónico filtrador, muito usado em testes de toxicidade. Apresenta uma ampla distribuição geográfica, importância ecológica e elevada sensibilidade a uma grande variedade de tóxicos. Este organismo possui respostas biológicas fundamentais muito semelhantes às humanas; e dado ser perfeitamente transparente, os seus órgãos internos são visíveis ao microscópio podendo observar-se, por exemplo, o batimento do seu coração, a fecundidade ou o funcionamento do seu olho.
Deste modo, pretendemos utilizar estes organismos como um modelo biológico para testar drogas, uma vez que estas afectam o seu ritmo cardíaco da mesma forma que o dos humanos. Pretende-se ainda realizar estudos de toxicidade ambiental testando o efeitos de alguns poluentes no metabolismo e sobrevivência em Daphnia magna.
As actividades realizadas baseiam-se na aplicação do método científico.
De uma forma geral este projecto tem como principais finalidades: divulgar e promover a cultura científica junto dos jovens, num contexto de contínua aprendizagem experimental, bem como, fomentar estilos de vida saudáveis (relacionando saúde e ambiente) e prevenir o consumo de substâncias psicoactivas.

sexta-feira, junho 12, 2009

Como preparar um futuro incerto?

"Como preparar um futuro incerto?" é o título de um texto publicado no blogue do Zoomarine.
O convite surgiu na sequência do prémio obtido pelo prof. João Gomes nas Olimpíadas do Ambiente.
Para ler o texto carregar aqui.

Conselho Eco-Escola no Valsassina

O conselho Eco-Escola é a força motriz do projecto Ecovalsassina/Programa Eco-Escolas e deve assegurar a execução dos outros elementos da metodologia Eco-Escolas. Tem os seguintes objectivos:
• assegurar que os outros seis elementos são adoptados planeando a sua implementação;
• assegurar a participação activa dos alunos no processo de decisão do programa;
• assegurar que as opiniões de toda a comunidade escolar são tidas em consideração e, sempre que possível, postas em prática;
• estabelecer a ligação com a estrutura de gestão da escola e com a comunidade local;
• assegurar a continuidade do Programa;
O conselho inclui representantes dos alunos, dos professores, do pessoal não docente, dos pais, do município e de alguns eco-parceiros (com destaque para a CERCI Lisboa). Estas reuniões são o palco ideal para o exercício da cidadania dos diferentes intervenientes que são, desta forma, envolvidos no processo de tomada de decisão.

Tentamos que seja representativo de todas as partes envolvidas neste projecto. Mantém em actas o registo de todas as reuniões realizadas bem como das decisões tomadas (podem ser consultadas através do site do Colégio).
Tendo em conta a dimensão da escola e a intenção de dar o protagonismo aos alunos no conselho Eco-Escola do Colégio Valsassina estão presentes os delegados e/ou subdelegados de todas as turmas do 5º ano 12º ano. O 1º ciclo também está presente, através de alunos escolhidos pelos seus pares, nas turmas do 2º, 3º e 4º ano. Neste caso, é frequente a realização de pequenas reuniões do conselho destinadas a alunos do 1º ciclo que têm como objectivo lançar os temas de discussão e preparar a presença destes nas reuniões gerais, onde estão os seus colegas mais velhos.

Aqui deixamos o testemunho da Leonor Ferreira, aluna da turma C, do 4º ano. Após a sua participação na reunião geral do 2º período, assumiu a sua responsabilidade e passou todas as informações consideradas relevantes aos seus colegas de turma.
“Na passada reunião do conselho Eco-Escola falámos sobre muitas coisas que tinha a ver com o ambiente. Uma delas foi a separação do lixo. Como todos os alunos do Colégio sabem há ecopontos nos recreios. Alguns alunos parecem não lhes ligar. Surgiu a ideia: “fazer cartazes com as regras para a separação do lixo”. Outra ideia tinha a ver com a recolha do óleo alimentar. Decidimos que o material que a escola receberia após encher o depósito de óleo seria uma mesa de ping-pong. Assim, não só ajudamos o ambiente, como se motiva os alunos e, ainda, se transformava óleo em biodiesel.
Também se pensou em plantar árvores, no dia da Terra, na primária e nos 3 anos.
Falou-se ainda nos painéis solares que aqueciam a água nos balneários e que deve ser tomado como um bom exemplo, e também da transformação dos restos da cantina em adubo que é usado na horta dos 3 e 4 anos.
Todas estas iniciativas fazem com que os alunos sejam mais sensíveis, no que respeita à protecção do ambiente, que é de todos".
Leonor Ferreira, 4º C

Expedição ao Cabo Espichel

Assinalando os 200 anos do nascimento de Charles Darwin, a Fundação Calouste Gulbenkian desafiou alunos e professores a acompanhar o brilhante naturalista inglês, numa hipotética segunda viagem ao Arquipélago das Galápagos. Participando em pares, ao aluno cabia a elaboração de uma carta de motivação, candidatando-se ao lugar de assistente de Darwin; ao professor, a preparação de uma ensaio sobre a ideia de “mentor” na actualidade, baseando-se na relação singular entre Darwin e Henslow.
Representando o Colégio, participei em conjunto com o professor João Gomes, e o nosso desempenho garantiu-nos um lugar nos cinco finalistas.
Perante o sucesso do concurso, a Fundação organizou uma expedição geológica ao cabo Espichel, convidando alunos e professores, pais e irmãos, para que por algumas horas se aventurassem, qual Charles Darwin, numa incursão (ainda que mais modesta) pela Natureza.
Liderada pelo paleontólogo Carlos Marques (respeitosa e amigavelmente apelidado “Paleo Carlos”), e acompanhada por muitos outros biólogos e geólogos de referência, a saída revelou-se mais do que uma aula informal e divertida, uma pequena amostra do trabalho de campo que foi, e é desenvolvido ao longo dos tempos, analisando simplesmente paisagens banais que nos rodeiam: porque cada pedaço de terra tem algo para contar, por muito desinteressante que possa, à partida, parecer.
E na companhia de cientistas com quem abertamente conversámos, passámos uma tarde alegre, sob um sol escaldante, perscrutando o ambiente com olhos de evolucionista, revendo nas rochas a história da Terra: reconstituindo trilhos de dinossauros palmilhados à milhões de anos, procurando atentamente fósseis em locais que normalmente ignoraríamos, analisando estratos e as suas deformações, e inferindo os processos que lhes deram origem.
No final, cansados mas resistentes, todos fomos contagiados pelo defeito visual que certamente também afectou Darwin: numa rocha nunca mais veremos apenas uma rocha.
Ana Filipa Louro, 12º 1A

A importância da avaliação em Educação Ambiental

É indiscutível a necessidade de instrumentos de avaliação do programa EE. São eles que permitem melhorar a qualidade, a relevância do que se faz e a relação custo-benefício das acções de EA (Batista, 1998).
Raposo (1997), na sequência do seu trabalho de coordenação no Instituto de Promoção Ambiental, detectou as seguintes fragilidades na implementação da EA:
· Actividades dispersas no tempo e no espaço, associadas, quase exclusivamente, a datas comemorativas;
· Definição de objectivos demasiado ambiciosos e/ou inadequados aos destinatários;
· Escolha de temáticas frequentemente submetida a interesses momentâneos e uma deficiente avaliação dos recursos disponíveis.

Como tal, a avaliação deve ser encarada como o complemento de qualquer inovação na promoção das actividades em EA (Giordan e Souchon, 1997). Ela permite ter o retorno mais completo sobre a prática. No entanto, nem sempre é simples avaliar o impacto real de uma acção educativa: as consequências podem ser de longo prazo ou podem incidir sobre comportamentos pouco discerníveis. De qualquer forma, após uma determinada acção os alunos devem estar de certa maneira diferentes. Se não encontramos neles nenhum indício de diferença, o menos que se pode dizer é que o projecto em causa falhou. Em diversos trabalhos publicados, apresentados ou informados na área da EA, percebemos uma tendência em considerar somente os bons resultados, frutos de uma trajectória que parece ter sido traçada linearmente, como se os obstáculos e as dificuldades sentidas no caminhar pudessem cegar o mérito da proposta. Isso tem aumentado o grau de dificuldade no fortalecimento da EA, que aparece como se fosse um campo fácil de ser estudado ou viabilizado (Sato, 2008).

Para Alves (1998) existe, habitualmente, uma certa confusão sobre as formas de avaliação, principalmente quando as actividades de EA são enquadradas no ensino formal. Por um lado, se a avaliação se fundamenta em relatórios ou inquéritos está a avaliar-se a quantidade e a qualidade do trabalho desenvolvido numa acção, ou a mudança de atitudes após a acção, ou mesmo a intenção de mudança de atitudes após a acção. Para este autor, o ideal, dificilmente atingível, seria poder avaliar se a intenção de mudança de atitudes foi efectivamente concretizada, ou se a atingida foi duradoura.

Raposo (1997) considera que não se deve apenas quantificar saberes adquiridos, mudanças de atitudes ou de comportamentos mas a “verdadeira grandeza” dos projectos, dos seus resultados específicos e da contribuição que ele pode dar, ou já deu, para a resolução do problema que o desencadeou. Para esta autora, acima de tudo, é o momento de tomar decisões, de fazer escolhas reflectidas e responsáveis, de passar das propostas às acções concretas, de estruturar intervenções e novos projectos motivados pela apreciação crítica das acções já realizadas.
Por outro lado, refere Raposo (1997), é importante desenvolver uma «retroacção permanente», ou seja, é necessário criar dinâmicas que permitam reformular e adaptar à realidade os objectivos e/ou os aspectos metodológicos para a sequência de aquisições de conhecimentos e atitudes. Corroborando, para Giordan e Souchon (1997), o retorno recebido através de processos de avaliação pode mesmo evitar a repetição de um dado disfuncionamento. Estes autores consideram que a “qualidade” de uma acção deveria poder ser posta em evidência globalmente e os seus componentes deveriam ser certificados, nomeadamente:
- Seria o tema motivante e aglutinador?
- Seriam as actividades adequadas?
- Seria adequada a escolha de documentos, de audiovisuais, de material de investigação?
- Estariam os intervenientes à altura da sua tarefa?
- Teriam sido bem elaboradas a planificação e coordenação?
Mas, para além deste balanço o processo de avaliação deve permitir, ao mesmo tempo, ter como alvo as expectativas, os quadros de referência e os mecanismos de compreensão dos públicos que se deseja tocar. Levantam-se algumas questões de interesse, tais como: o que desejam conhecer; que saberes dominam; como raciocinam sobre o problema considerado e como apropriam o saber. Nesta linha de ideias, Alexandre e Diogo (1990) realçam que a avaliação de um projecto deve ser efectuada em termos de balanço do processo, apreciação do produto e propostas futuras de reformulação.
Neste contexto destacamos a conferência «Environmental Education and Training in Europe», organizada pela Comissão Europeia, em Maio de 1999, onde foi defendido que a EA não deve consistir na transmissão de conhecimentos, mas antes numa auto-aprendizagem (Vilarigues, 1999 in Martinho et al, 2003).
Como tal, a avaliação em EA deve permitir clarificar os objectivos e adaptá-los ao público-alvo das acções, e contribuir para a melhor escolha e análise das estratégias educativas a utilizar em cada projecto/actividade. É, por isso, um meio para promover a qualidade e, como tal, deve ser um processo participativo e formativo, isto é, deve ser concebido de modo a permitir que todos os actores participem nas suas principais etapas, trazendo a todos uma melhor compreensão da acção (Baptista, 1998).
Não obstante a sua importância, a avaliação é muitas vezes considerada como um assunto incómodo para certas pessoas e instituições (Nunes, 2002). Além disso, tal como realça Freitas (1997) não há em Portugal uma cultura de avaliação. Segundo INAMB (2000), a inexistência de avaliação dos projectos pode estar relacionada com a falta de familiaridade dos intervenientes com as técnicas das ciências sociais e humanas. Também, a troca de experiências, aspecto fundamental em EA, não tem sido plenamente conseguida. Isto pode estar relacionado com o facto de quando os projectos ou experiências são apresentados, raramente são referidos os problemas com que se depararam e como procuraram resolvê-los. A cultura do sucesso na qual vivemos provavelmente inibe a exposição destes aspectos, essenciais para a maturidade da EA.
A avaliação da qualidade constitui um desafio em EA e EDS. A consciência dos limites do nosso conhecimento, a imprevisibilidade e incerteza acerca do futuro, forçam-nos a avaliar o que fazemos hoje em dia. Por sua vez, actualmente, numa cultura da complexidade é necessária uma avaliação que tome em consideração esta complexidade, uma avaliação que vá além do mero conhecimento e que permita reflectir sobre o “valor” das acções.

A avaliação em EA não pode ser um processo neutro que se fique apenas pela análise dos resultados mas deve ser sobretudo um processo ideológico tendo em conta a actual crise ambiental, a crise dos valores e a necessidade de mudança (Mogensen e Mayer, 2005).
Prof. João Gomes

Avaliação da implementação do Programa Eco-Escolas no Colégio Valsassina

No âmbito do Programa Eco-Escolas, a Equipa de Apoio às Escolas de Lisboa Cidade, da DREL – Min. Educação, realizou uma visita à nossa Escola, no passado dia 7 de Maio, tendo sido precedida de uma reunião com o representante do órgão de gestão e com o coordenador do referido Programa.
A visita teve como objectivo validar e reconhecer o trabalho desenvolvido pelos elementos que nele têm estado envolvidos, com a finalidade de manter e garantir a qualidade do Programa.
Até final do ano lectivo serão conhecidos os resultados desta avaliação.

quarta-feira, junho 03, 2009

Mapa Verde - Público

O Público on line está a desenvolver uma interessante ferramenta: "O Mapa Verde de Portugal".
Todos os leitores podem participar, indicando o que estão a fazer em prol de um melhor ambiente.
O Colégio Valsassina já está no mapa! Procura-nos em http://static.publico.clix.pt/docs/ambiente/mapaVerde/