domingo, junho 17, 2012

Professores envolvidos no Programa Eco-Escolas revelam uma atitude positiva na utilização de energia. Estudo envolveu 649 participantes de todo o país.


A maioria dos professores envolvidos no programa Eco-Escolas refere evitar o uso de ferro de engomar em casos pontuais; usa programas de baixa temperatura na máquina de lavar roupa e opta pela compra de eletrodomésticos mais eficientes. Estes são alguns dos dados de um estudo que decorreu em janeiro e fevereiro, deste ano, e que envolveu 649 elementos. A generalidade dos inquiridos tem um conhecimento médio-alto sobre o uso eficiente e poupança de energia e uma atitude “positiva” face à conservação de energia. No entanto, há dados que motivam reflexão, tal como o facto de uma parte significativa dos participantes ainda deixar equipamentos, como as televisões, em stand-by.

A Educação para a Sustentabilidade é particularmente importante perante a atual crise e a escola desempenha um papel fundamental. Neste contexto, foi desenvolvido, em janeiro e fevereiro de 2012, um estudo, através do qual se pretendeu identificar comportamentos relacionados com o consumo de energia. Contou com a participação de 504 professores envolvidos no programa Eco-Escolas (EE) e 145 elementos do Colégio Valsassina (CV), uma Eco-Escola há 9 anos.
Quando questionados sobre quais os principais comportamentos relacionados com o consumo de energia, os inquiridos demonstraram que, de uma forma global, têm um desempenho ambiental de nível médio bom. Por exemplo, a maioria dos participantes (92% EE; 93/CV) afirma: evitar o uso de ferro de engomar em casos pontuais; optar (sempre ou muitas vezes) pela compra de eletrodomésticos mais eficientes (89% EE; 86% CV); assim como pela compra de lâmpadas economizadoras (93% EE; 92% CV). A maioria (88% EE; 81%CV) usa (sempre ou muitas vezes) programas de baixa temperatura na máquina de lavar roupa. Por sua vez, considerando as respostas “sempre” e “muitas vezes” 97% dos participantes refere apagar sempre as luzes de uma divisão quanto esta está vazia.
Por outro lado, no Colégio Valsassina, 21% dos participantes declara (sempre ou muitas vezes) deixar os carregadores de telemóveis ligados depois da bateria estar completamente carregada; na rede EE, apenas 41% dos participantes desligam sempre os equipamentos no próprio aparelho.
Parece verificar-se que a generalidade dos inquiridos tem um conhecimento médio-alto sobre o uso eficiente e poupança de energia e uma atitude “positiva” face à conservação de energia. Este resultado pode ser justificado pelo envolvimento dos participantes no programa EE e pela temática deste, o que estará relacionado com motivação e conhecimento para atuar.
Este estudo envolveu maioritariamente mulheres, o que, de certa forma, está de acordo com o facto destas estarem em maior número na atividade docente. Corroborando, um estudo publicado pela Revista Climatização (Maio/Junho 2011), demonstra que é o público masculino, em geral, quem demonstra estar menos sensibilizado para esta temática”.


Funcionários do Colégio Valsassina numa ação de informação e sensibilização sobre eficiência energética. Este tipo de iniciativas são frequentes nas Eco-Escolas e, tal como afirma Luís Cássio, funcionário do Colégio Valsassina, “contribuem para uma postura mais pró-ativa na gestão dos recursos”.


Os resultados obtidos encontram semelhança na investigação Energyprofiler[1] que revelou que, a generalidade dos portugueses possui um conhecimento “médio-alto” sobre o uso eficiente de energia e que a maioria das pessoas considera importante poupar energia. Também o estudo realizado pelo Observa[2] revela que muitos portugueses optam por uma postura pró-activa, sobretudo em sua casa, no sentido de uma maior eficiência na gestão dos recursos.
De uma forma geral este estudo revela que os professores envolvidos no programa Eco-Escolas apresentam uma atitude que se pode considerar positiva face ao consumo de energia. Contudo, sugere também a necessidade de desenvolver certas ações, como por exemplo: combater o “stand-by”; e promover a adoção de práticas de monitorização de consumos em casa.


Carolina Fonseca, Catarina Pauleta, Catarina Soares, Diogo Oliveira, Diogo Silva, Gonçalo Pereira, Joana Duarte, Júlia Sales Estaca, Manuel Portela, Maria João Sancho, Maria Inês Ferrão, Patrícia Nascimento, Pedro Leal, Vasco Diogo.
Jovens Repórteres para o Ambiente. Colégio Valsassina


[1] http://www.energyprofiler.info/sobre.php. Investigação realizada em Janeiro de 2010, da responsabilidade da Energaia e financiada pela ERSE. . Consistiu na  realização de um inquérito telefónico à escala nacional a mais de 1000 agregados familiares. Este consistiu num estudo e análise de perceções, atitudes, competências e padrões de utilização de energia por parte do sector residencial.
[2] Disponível on line em http://ecoline.ics.ul.pt. Este estudo envolveu 700 inquéritos em todas as regiões do país.

United Community for a common good. Community around a model of Lóios district, in Chelas: School and local community hand in hand


A model, the Lóios District in Chelas, and 57 participants aged 5 to 72 years. These were the main ingredients of a social project that brought together the school community and the local community. This project, which took place between February and March, contributed to show that it is possible to develop an integrated and transversal approach to multiple dimensions: economic, social, environmental and political-institutional. In the end, the model was presented during the 5th Edition of the Congress of Marvila, which took place on March 17.

“A model of the «Bairro dos Lóios». This was the challenge presented to Valsassina School and it intended to join, in the same project, students from schools inside «Bairro dos Lóios» and its residents. The initiative was devised by João Rosa, an intern at the “School of Education of Lisbon” and resident in this Chelas block.
To develop this project several work teams were formed. Each team was invited to recreate their living space with reusable materials. At the same time, a Focus Group was to conduct a discussion on the Potential/Needs of the «Bairro dos Lóios». In the end, five Focus groups were formed with 57 participants of different ages ranging from 5 to 72.
To João Rosa, the positive aspects in the neighbourhood were: the existence of a supermarket, local commerce, three schools, a daycare center and a healthcare center. The connection between friends and neighbors was also emphasized, as well as the intergeneration relations. On the other hand, he identified the negative aspects as: the existence of degraded places, buildings and garden stools, and the presence of garbage on the floor. Furthermore, some cases of violence, theft, and even illicit substance use were observed.
To improve the Lóios neighbourhood the participants highlighted the need to: focus more on interpersonal relationships, creating conditions for the existence of more leisure facilities, and improve the lighting in some corners of the neighbourhood.
This activity was like an open door to create links/relations and to avoid bias in a community. When asked about their participation in the project, a group of students around the age of 11/12 attending School E.B. 2,3 Damião de Góis shared: “We took great pleasure in participating in this project for we got to know our school and neighbourhood a lot better.”
The main goals of the project were raising awareness of one’s responsibility and obtaining control over one’s own development, just like Francisca Xara-Brasil (14 year-old at Valsassina School) did, while participating on the project.
João Farinha, one of the teachers at School E.B. 2,3 Damião de Góis and the person in charge of GAAF, a student and family support centre, states that “the relationship between School and Family is often spoiled, leading to a set of problems concerning misbehaviour, absenteeism and even violence at school. The sort of measures taken with this project draws closer a better cooperation between School and the local institutes in the neighbourhood. Working together becomes, therefore, vital to fight back school and family problems as well as other problems that one may come across in the neighbourhood.”
For the students of Valsassina School, the highest point of this process coincided with the last stage, in which the model was complete and on display in “Loja 31” (a solidarity store) for Valsassina´s students, residents and users of this space to see and to enjoy.


It was a moment of experience sharing at intercultural and intergenerational levels. To Marta Oliveira, 13 year-old, “the fact that Valsassina School is an Eco-School gives us the opportunity to learn more about reusing materials and valueing/ working with what you have”. Francisca Xara-Brasil also highlighted that such activities teach us that there can be no sustainability without a balance between the social and the environmental spheres. Paulina Lemos, (13-year-old), states that such initiatives “motivate us to change our attitudes even more".

“Think globally, act locally”, is the motto of a sustainable development. The challenges put forth by a diversified society involve multiple social problems and stress the need of participatory politics grounded in active citizenship and in public speech.

Acknowledgments: this work would not have been possible to accomplish without the contribution of João Rosa. Therefore, we thank him for his kindness, cooperation and availability.
Young reporters for the environment. Valsassina School: Carolina Fonseca, Pedro Leal, Diogo Silva, Catarina Soares, Gonçalo Pereira, Joana Duarte
Valsassina School and School E.B. 2,3 Damião de Góis. Lisbon, Portugal


Eco-Código 2012, Eco-Escola Colégio Valsassina


Conceito – Todos juntos formam um só.

Partindo de um conceito, previamente definido como ponto de partida para a elaboração do poster, foi desenvolvida graficamente a ideia de junção dos principais elementos: água, energia e floresta. Abordando os temas base conjuntamente com um dos temas do ano. O conceito apela a que o Homem, deve preservar os recursos naturais de forma a manter uma boa qualidade de vida no nosso planeta.
A nível da composição gráfica, optou-se por um desenho estilizado das formas, pretendendo criar uma ideia clara, direta e atrativa. A composição pretende ser autoexplicativa através da utilização de símbolos gráficos, que ajudam a identificar facilmente o conceito. A ideia de desenvolver uma árvore que substitui o filamento da lâmpada, pretende simbolizar a vida, a esperança, a luz. A harmonia cromática, foi igualmente pensada e explorada com rigor, de modo a enfatizar a ideia base, de esperança na vida do nosso planeta.
Todo o processo de trabalho, foi desenvolvido e acompanhado em aula. A partilha das ideias foi discutida pelos alunos e professora, no sentido de obter um melhor resultado gráfico final. O processo de trabalho cumpriu a metodologia de projeto: desenvolvimento de esboço de ideias, seleção da melhor ideia e respetiva elaboração de maquete, analise e alteração de aspetos compositivos, finalização do poster final. 
Turma 11º4
Profª. Sofia Caranova

quinta-feira, junho 14, 2012

Conselho Eco-Escola, 3ª reunião


Conselho Eco-Escola
Colégio Valsassina


3ª Reunião
15 Junho 2012
12:05 h

O.T.


1.    Informações
2.    Avaliação / Balanço das actividades 2011/2012
2.1 Eco-Código
3.    Preparação do relatório final e candidatura ao Galardão Eco-Escolas
4.    Outros


segunda-feira, junho 11, 2012

Drenagem ácida afeta rede hidrográfica da região de Aljustrel

Drenagem ácida afeta rede hidrográfica da região de Aljustrel (versão completa)
Jovens Repórteres em ação


Carolina Fonseca, Francisco Paim, Henrique Avelar, Vasco Diogo. 10º1A

domingo, junho 10, 2012

Drenagem ácida afeta rede hidrográfica da região de Aljustrel

Drenagem ácida afeta rede hidrográfica da região de Aljustrel (versão curta)
Jovens Repórteres para o Ambiente em ação.





Carolina Fonseca (10º1A), Francisco Paim (10º1A), Henrique Avelar (10º1A), Vasco Diogo (10º1A)

What the seas bring back to us...




On February 26th 2010, the journalist Filomena Naves wrote a piece of news for “Diário de Notícias” which is related to the discovery of an island created by the accumulation of plastic garbage in Atlantic Ocean.
Floating plastics look like jellyfishes. Therefore, some sea animals like turtles eat these chunks of garbage which causes them to die of suffocation. On the other hand, plastics don´t fully disappear.
On February of 2012, in one of the Boa Vista island´s exit in Cape Verde, a great accumulation of garbage was detected near the shore, in where some more plastics as well as some non-biodegradable materials were found.

Marine organisms play a crucial role in almost all biogeochemical processes that sustain the biosphere, and provide a variety of products (goods) and functions (services) which are essential to humankind’s well-being.
This image shows us a global problem, for many of the residues found are not from Cape Verde.

Young reporters for the environment. Valsassina School, Lisbon, Portugal.
Carolina Fonseca (15 year-old) Pedro Leal (15 year-old), Diogo Silva (15 year-old), Mariana Martinho (17 year-old), Margarida Delgado (17 year-old)

Drenagem ácida compromete exploração sustentável em Aljustrel



Ribeira de Águas Fortes, Aljustrel. 15 de maio de 2012

A Vila de Aljustrel desenvolveu-se em torno de 5 explorações de sulfuretos maciços polimetálicos, que tiveram um contributo positivo no crescimento socioeconómico da área, sobretudo pela criação de emprego.
Mas apesar da sua importância esta exploração não está isenta de problemas. Um dos impactes ambientais evidentes neste local (comum nas minas de pirite) é um fenómeno conhecido por drenagem ácida. Esta é gerada quando minerais, que se encontram a grandes profundidades e que contêm sulfetos são expostos a ambientes abertos e entram em contacto com oxigénio e água, gerando sulfatos.

A formação de águas ácidas (frequentemente com pH inferior a 3), geralmente com uma cor ocre ou muito avermelhada, afeta a rede hidrográfica da região. Há ainda o risco de contaminação do solo e de perda de biodiversidade (poucos organismos suportam condições extremas).
Assim, é urgente promover uma exploração sustentada dos recursos naturais, minimizando os impactos diretos no ambiente durante o processo extrativo.

Carolina Fonseca, Francisco Paim, Henrique Avelar, Vasco Diogo.
Jovens Repórteres para o Ambiente. Colégio Valsassina

Cada português produz, em média, 511 kg de lixo por ano.



Cada português produz, em média, 511 kg de lixo por ano.
A separação dos resíduos nos ecopontos permite poupar energia e recursos naturais.

Um estudo realizado por alunos do Colégio Valsassina determinou que cada pessoa produz cerca de 0,4 kg de lixo por dia. Para a Agência Portuguesa do Ambiente, de acordo com os últimos dados disponíveis, cada português produz em média 511 kg de lixo por ano. Nos últimos anos tem-se assistido a um aumento da produção de resíduos urbanos em Portugal que se verifica numa taxa superior ao desenvolvimento económico. Embora tenhamos apurado que na área da grande Lisboa, cada vez os portugueses separam mais e melhor, é evidente a necessidade de atuar ao nível da prevenção dos resíduos e da sensibilização das populações para a necessidade da sua redução e reutilização.

A designação “Resíduos Sólidos Urbanos” (RSU) é um termo abrangente que diz respeito aos resíduos domésticos e aos resíduos provenientes de estabelecimentos comerciais e do setor dos serviços.
Numa investigação realizada no Colégio Valsassina no âmbito da disciplina de Ciências Naturais (8º ano), procedeu-se à determinação qualitativa e quantitativa dos resíduos produzidos durante dois dias num agregado familiar (com seis pessoas). Os dados recolhidos apontam para uma produção média de 0,4 kg RSU/dia/per capita.
Segundo dados do Censo de 2011, na Área Metropolitana de Lisboa vivem cerca de 2,8 milhões de pessoas. Se considerarmos que, em média, cada habitante desta região produz uma quantidade de RSU semelhante à obtida no estudo, estima-se que todos os dias sejam gerados 1 064 000 kg de RSU. De acordo com o Sistema de Gestão da Informação sobre Resíduos, em 2005 a produção de RSU em Portugal Continental atingiu 4,5 milhões de toneladas (cerca de 1,24 kg/habitante/dia).
Sofia Mota, técnica da Valorsul, esclarece que em média, cada português produz cerca de 1,5 Kg de lixo/dia. Esta empresa é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos produzidos em dezanove Municípios da Grande Lisboa e da Região Oeste.









Os dados recolhidos no Colégio Valsassina são inferiores aos apresentados pela Agência Portuguesa do Ambiente. De acordo com os resultados publicados por esta agência em janeiro deste ano, cada português produziu em média 511 quilogramas de lixo em 2010, num total de 5,1 milhões de toneladas, valor acima da meta fixada para Portugal (de acordo com o Plano Estratégico para os RSU), contudo ligeiramente abaixo da média europeia (512 kg/habitante).
  
Nos últimos anos quinze anos, a produção de resíduos urbanos em Portugal tem aumentado a uma taxa superior ao desenvolvimento económico, que, entretanto, desacelerou devido à crise económica. Não obstante, Sofia Mota realça que, “na área de intervenção da Valorsul, cada vez os portugueses separam mais e melhor”. Segundo esta técnica “a maioria dos resíduos produzidos na área de intervenção da Valorsul são provenientes da recolha indiferenciada, cujo destino é a Central de Valorização Energética (incineradora)”. No entanto, afirma Sofia Victória, técnica da Direção Municipal de Ambiente Urbano da Câmara Municipal de Lisboa, “existem apenas duas incineradoras em Portugal Continental (Valorsul e Lipor), pelo que a maior parte dos resíduos provenientes da recolha indiferenciada, a nível nacional, vai para aterros sanitários”.




Na cidade de Lisboa a opção pelas Eco-ilhas, em substituição dos tradicionais ecopontos, e a recolha selectiva Porta-a-Porta, tem permitido aumentar as taxas de recolha de RSU.


Estes dados realçam o facto de os resíduos constituírem um dos maiores problemas ambientais do século XXI, mas não podem ser apenas as entidades governamentais, municipais ou operadores privados os únicos envolvidos na sua gestão. Para responder a este desafio, é muito importante que todos os cidadãos ponham em prática a Política dos 3R’s - reduzir, reutilizar e reciclar. Por isso, “para a Valorsul a prioridade é alertar para a prevenção/redução na produção de resíduos”, diz Sofia Mota. Além disso, produzir materiais a partir de resíduos consome menos energia do que faze-los através de matérias-primas virgens.
A produção indiferenciada e continuada de resíduos provoca um aumento na utilização de matérias-primas e energia, com consequências muito severas na sustentabilidade dos ecossistemas. É imprescindível a aquisição de uma maior consciência ecológica, centrada na redução, reutilização e reciclagem dos resíduos produzidos.


Agradecimentos. Este trabalho não teria sido possível sem a colaboração e informações da Dra Sofia Victória da Câmara Municipal de Lisboa, da Direção Municipal de Ambiente Urbano – Divisão de Educação e Sensibilização Sanitária; assim como da Eng. Sofia Mota da Direção de Comunicação da Valorsul.
Jovens Repórteres para o Ambiente. Colégio Valsassina. Francisco Águas (8ºC), Carolina Fonseca (10º1A)