segunda-feira, março 05, 2007

Eu acredito ...

Estávamos no 8º ano, numa aula de ciências e tudo começou…

Provavelmente não tínhamos consciência da importância que viriam a ter aqueles trabalhos de grupo que nos pediram para fazer. Desde temas como o aumento do efeito de estufa, as chuvas ácidas, a destruição da camada do ozono ou a poluição começamos a perceber que o nosso planeta estava seriamente afectado.

Nesse mesmo ano o colégio aderiu ao programa Eco-Escolas, onde participámos na construção de um plano de acção, entre outras coisas, para um ambiente melhor. As escolhas que cumprirem certos requisitos ganham um certificado e uma bandeira verde. A partir daí a educação ambiental começou a chegar a todos: trabalhos, exposições, visitas de estudo, conferências, etc.

Actualmente o maior problema com que nos deparamos são as alterações climáticas, como consequência da elevada emissão de gases e consequente aumento do efeito de estufa. Ao contrário do que muitos pensam o efeito de estufa é uma coisa boa, é graças a ele que a Terra tem as temperaturas favoráveis que tem, o problema actualmente resulta do seu aumento drástico devido às actividades humanas.

No ano passado o colégio aderiu a outro projecto, o Carbon-Force. Principalmente com a auditoria energética feita às instalações da escola conseguimos perceber que realmente se gasta muita energia e que isso reverte numa elevada produção de CO2 para a atmosfera.

Com o aumento da temperatura média do planeta, as calotes polares têm vindo a derreter o que se vai reflectir no aumento do nível médio das águas do mar e consequentes inundações das costas litorais. Outro problema das alterações climáticas é a ocorrência de fenómenos extremos. As regiões mais quentes estão a tornar-se desérticas. O clima tropical está a transpor-se para a Europa o que pode trazer doenças tropicais como por exemplo o dengue.

Na nossa escola a aceitação destes problemas é real e sentimos todos uma grande preocupação. Desenvolvemos campanhas de sensibilização e actividades para soluções com o pretexto agir localmente, pensar globalmente. Desenvolvemos actividades para a escola ser mais eficiente energeticamente e, a última inovação é tornarmo-nos neutros em emissões de CO2. Foi criada a Taxa de Carbono e através dela as visitas de estudo são compensadas em projectos de redução.

O grande drama das alterações climáticas é a “irrealidade” que muitas pessoas pensam que é, não acreditando no perigo nem nas consequências. Além disso, para diminuir os impactos existem dificuldades económicas onde se inclui o petróleo: recurso não renovável que num futuro próximo estará esgotado. Actualmente as empresas petrolíferas estão milionárias e não querem perder esses lucros. Existem as dificuldades tecnológicas, muitos processos continuam a ser bastante poluentes não usando tecnologias limpas e é difícil de mudar os hábitos de uma população mal informada assim de um dia para outro, é necessário tempo e o ambiente não pode esperar. Existem também dificuldades no domínio político.

Temos de pensar na Terra como um sistema único e tomar medidas com visões globais da situação…

Eu interesso-me pelo o ambiente, eu luto em prol do futuro, eu acredito…

Vera Carvalho, 11º 1A

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