A Carta da Terra é um excelente exemplo duma concepção dos princípios fundamentais necessários à construção dum mundo de equidade, sustentável e pacífico, sendo reconhecida pela 32ª Conferência Geral da UNESCO, em Outubro de 2003, como um enquadramento ético importante para o desenvolvimento sustentável e uma ferramenta para o ensino de valores.
A elaboração da Carta da Terra iniciou-se na Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, em 1992. Após um processo de consulta/discussão intercultural ao longo de mais de uma década, realizado a nível mundial foi possível passar à redacção final.
Estando em plena década das nações unidas para a educação para o desenvolvimento sustentável pareceu-nos ser o momento ideal para se proceder a uma análise dos 16 princípios desta carta.
Assim, foi proposto aos alunos do 8º ano (de todas as turmas) que procedessem à leitura, interpretação e, por fim, ilustração de um dos princípios da Carta da Terra.
Aqui mostramos um pouco do produto final…
Carta da Terra
Preâmbulo
Estamos num momento crítico da história da Terra, numa época em que a humanidade tem de escolher o seu futuro. À medida que o mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro encerra, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para avançar, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana, e uma só comunidade na Terra, com um destino comum. Devemos conjugar forças para gerar uma sociedade global sustentável, baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça económica, e numa cultura da paz. Para alcançar este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos a nossa responsabilidade uns para os outros, para com a grande comunidade da vida, e para com as gerações futuras.
Desafios para o futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou pôr em risco a nossa existência e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais nos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas estiverem ao alcance de todos, o desenvolvimento humano estará voltado, primariamente, a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer todos e reduzir os impactes sobre o ambiente. O crescimento de uma sociedade civil global está a criar novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Os nossos desafios em questões ambientais, económicas, políticas, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos estabelecer soluções que incluam todos estes aspectos.
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