segunda-feira, junho 30, 2008

Candidatura ao Galardão Bandeira Verde 2007/08

No final de mais um ano lectivo é altura para fazer um balanço das actividades e proceder à candidatura ao Galardão Bandeira Verde.
O Relatório de Actividades já está concluído e pronto para ser consultado por todos os interessados.

Tendo por base o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos cinco anos consideramos fundamental continuar a implementar a metodologia do Programa Eco-Escolas no próximo ano lectivo no Colégio Valsassina. Este projecto só terá razão de ser se se desenvolver a longo prazo. Só assim conseguiremos:
  • Dar seguimento ao trabalho desenvolvido nos últimos anos;

  • Reforçar as parcerias estabelecidas;

  • Sensibilizar a comunidade educativa para a adopção de estratégias promotoras de um desenvolvimento sustentável, contribuindo para a consciencialização ecológica e ética;

  • Envolver cada vez mais professores e funcionários no domínio da Educação Ambiental;

  • Motivar cada vez mais alunos, utilizando como estímulo o trabalho e os resultados obtidos;
    Melhorar o desempenho ambiental do Colégio Valsassina.

Após cinco anos de trabalho Eco-Valsassina é hoje o centro de uma rede de projectos desenvolvidos no Colégio Valsassina. Desta forma as actividades propostas assumem um carácter de maior interdisciplinaridade e transversalidade ao longo dos níveis de ensino.
Por outro lado, a opção pela abordagem do trabalho de projecto justifica-se por este ter como principio um método de trabalho que requer o empenhamento de cada indivíduo, dentro do grupo, de acordo com as suas capacidades, com vista ao estudo de um problema e à procura de soluções para o mesmo. Proporciona situações em que é fundamental trocar opiniões para decidir o que fazer, facilitando deste modo a socialização, e, particularmente, a apropriação ou internalização, em sentido lato, de valores democráticos indispensáveis ao estilo ambiental de educação.


terça-feira, junho 10, 2008

YOUNG REPORTERS FOR THE ENVIRONMENT - Awards 2008 - 1º prémio para alunos do Valsassina

A foto-reportagem dos alunos André Correia (11º1A); Carlos Ruivo (11º1A); e Joana Magalhães da Silva (11º1A) foi eleita a melhor deste ano lectivo a nível internacional.
Para mais informações consultar a página oficial dos "youngreporters for the environment".

Workshop "A caminho de uma low carbon school"

As conclusões dos grupos de discussão estão disponíveis para consulta - carregar aqui.
Estamos agora em condições de poder concluir, até meados de Julho, o documento que servirá de base à Estratégia e Política Low Carbon School do Colégio Valsassina.
Estamos à espera do vosso contributo para ecovalsassina@hotmail.com

Participação do Colégio Valsassina nas Olimpíadas do Ambiente: 3 vencedores nos últimos 4 anos

As Olimpíadas do Ambiente (OA) são uma iniciativa da QUERCUS e da Escola Superior de Biotecnologia do Porto e têm por objectivo a mobilização e sensibilização da comunidade escolar em prol da protecção do Ambiente e da Conservação da Natureza.
Este projecto estabelece duas categorias distintas de acordo com o nível de ensino a que os alunos pertencem; assim, na categoria A concorrem os alunos do 3º Ciclo (7º ao 9º ano) e na categoria B concorrem os alunos do Secundário (do 10º ao 12º ano).
As OA têm por objectivos fundamentais: incentivar o interesse pela temática ambiental; desenvolver e aprofundar o conhecimento sobre a situação ambiental portuguesa; promover o contacto com situações experimentais concretas e resolução de problemas específicos; estimular a capacidade de expressão oral e escrita; recompensar o espírito científico; e estimular a dinâmica de grupo e o espírito de equipa.
As OA incluem duas eliminatórias locais e uma final nacional. As provas escritas são individuais e sem consulta. As questões abrangem 7 grandes áreas temáticas: conservação da natureza; recursos naturais; poluição; estilos de vida; ameaças globais; política ambiental; realidade portuguesa.

Relativamente à participação do Colégio nas Olimpíadas tem-se constatado um crescente interesse e adesão dos alunos a iniciativas deste tipo. A participação tem permitido aos alunos trabalharem de uma forma autónoma sendo um meio privilegiado para se adquirirem certas competências, e ao mesmo tempo, contribuir para adquirir, certos valores que incluam um vivo interesse pelo ambiente e uma motivação suficientemente forte para participarem activamente na protecção e na melhoria da qualidade do ambiente.

É com elevada satisfação e orgulho que verificamos que nos últimos quatro anos três alunos do Colégio venceram a categoria B, designadamente: Francisco Silveira, em 2004/05; Pedro Silva, em 2005/06; e António Grilo, em 2007/08.

Em forma de balanço considerámos interessante recolher algumas opiniões junto destes alunos. Nos três casos encontramos pontos comuns: a motivação; o empenho; a humildade e exigência em querer aprender sempre mais; e a responsabilidade individual acrescida com a conquista do primeiro prémio.

Qual o principal motivo que levou a participar nas OA?
Francisco Silveira (FS) - Os temas sempre me disseram muito, são assuntos pelos quais sempre me interessei e dos quais sempre tentei saber mais e melhor. Sempre fui interessado em temas como biologia, ecologia, ambiente, desde pequeno. Devo realçar a importância do papel dos pais em fomentar e alimentar este interesse. Os meus pais, por exemplo, sempre me ofereceram livros bons e nunca livros infantis, o que certamente me estimulou.
Pedro Silva (PS) - Como a protecção do meio ambiente era algo em que eu, já no sétimo ano, me empenhava e era um assunto sobre o qual me mantinha informado, foi muito fácil começar a participar nas OA, nesse mesmo ano. Como ia tendo sucessivamente melhores resultados, decidi continuar, até por ter adorado a atmosfera da final que foi passada em S. Pedro do Sul, em 2005.
António Grilo (AG) - Depois de conhecer as OA foi o entusiasmo que a escola me incutiu pelas questões ambientais que me levou a participar nas OA. Depois da eliminatória final do ano passado ganhei ainda mais ânimo para voltar.

Importância a nível pessoal da participação nas OA?
FS - Nunca pensei ganhar. Há sempre essa aspiração mas no meu caso sempre me pareceu um objectivo distante. Acho que é a tendência natural de todos pensar assim. Participei pelo menos três vezes, uma das quais ganhei, noutra passei à segunda fase e noutra ainda estive muito perto de passar mas não consegui por um ou dois pontos percentuais. Acho que o participar e ter algum sucesso é fundamental porque nos ajuda a ter confiança, pensar que se pode ir mais longe. A nível pessoal é sempre importante ser premiado e saber que alguém reconhece o nosso valor, para além de ser algo que posso dizer com orgulho e que fica bem num currículo. Penso que isso é o principal.
PS - Na minha passagem pelas OA aprendi muito sobre ambiente, percebi que há problemas ambientais mais complexos do que parecem, e que não estão a ser devidamente resolvidos, que as nossas pequenas acções têm no seu conjunto grandes consequências, pelo que nas nossas escolhas recai uma grande responsabilidade.
Na final conheci novas pessoas e fiz muitas amizades, naquela atmosfera fantástica, descontraída e estimulante em que, durante longas caminhadas e boas refeições também discutíamos problemas ambientais. As amizades também incluem alguns dos meus amigos do Valsassina que foram comigo à final.
AG -Uma das coisas que mais me agradas nestas olimpíadas é a forte componente pessoal que desenvolve. A par com um enorme desenvolvimento técnico e de apresentação oral no imediato de algo que nos era até então desconhecido somos convidados a um enorme convívio com todos os participantes de ambas as categorias o que possibilita também um grande desenvolvimento das competências pessoais individuais de cada finalistas. Como sou um enorme apologista das relações humanas e de tudo o que elas trazem de benéfico à sociedade e a cada indivíduo acho que as olimpíadas gozam de uma harmonia perfeita entre a componente cognitiva e pedagógica e a componente social e pessoal.

O que mudou após a vitória?
FS - Fiquei muito orgulhoso e como eu, os meus pais, familiares, amigos e professores. Não estava nada à espera de ganhar e foi uma excelente surpresa. Mais do que os prémios recebidos, ganhar umas Olimpíadas do Ambiente a nível nacional, nas quais participam milhares de estudantes é muito bom.
PS - Assim que percebi que tinha ganho, fiquei muito contente e também muito confuso, não queria acreditar.
Mais tarde vim a perceber que ganhara também uma responsabilidade acrescida para com as pessoas à minha volta: tornei-me ainda mais activo na protecção do ambiente e passei a seguir a actualidade ambiental nacional e internacional com renovado interesse.
A minha vida pessoal não se alterou.
AG - A nível pessoal acho que a única coisa que mudou foi a responsabilidade que tenho perante todos os concorrentes e demais cidadãos na defesa e conhecimento sobre a temática ambiental na qual tento manter-me sempre actualizado.

E o papel da escola, que influência teve nos resultados obtidos nesta competição?
FS - A escola, representada principalmente pelo meu professor de Biologia e Geologia que era quem seguia estes processos mais de perto, teve um papel fulcral. O professor João Gomes deu-nos todo o apoio que pôde e sempre nos incentivou a participar, algo que se provou e continua a provar útil tendo em conta que os alunos do colégio têm tido boas prestações nas Olimpíadas do Ambiente.
PS - A escola sempre apoiou todos os alunos que participaram nas OA, quer financeiramente quer moralmente. Em particular, o professor João Gomes, motivou-nos e acompanhou-nos até à final, fornecendo-nos um excelente dossier de informação e testes de outros anos, tirando dúvidas e dando sempre conselhos, inclusivamente na preparação dos trabalhos individuais que foram necessários na segunda fase, há alguns anos.
O seu apoio, pelo qual estou muito grato, foi muito importante e sentiu-se até durante a final, na qual estávamos, obviamente, por nossa conta.
AG - A escola tem, ou teve no meu caso, o papel primordial na participação nas OA. Foi a escola que me colocou em contacto com as OA e que me mostrou o que era a prova e as vantagens que estas têm a nível pessoal e de conhecimento. Foi a escola que, em grande parte me formou como cidadão ambientalmente consciente que hoje me considero e é a escola que em grande medida me mantém actualizado nesta temática. É por isso à escola que agradeço a minha participação nas OA.

Em apenas 5 palavras como descreves a tua passagem pelas OA:
FS – Não consigo responder com clareza…
PS - 1. Séria; 2. Divertida; 3. Marcante; 4. Estimulante; 5. Responsabilizadora
AG - 1. Companheirismo; 2. Conhecimento; 3. Amizade; 4. Competição; 5. Vitória

Há algo que queiras acrescentar?
FS - Tentei definir a minha participação em 5 palavras mas é difícil. Foi claramente um momento feliz, aquele em que ganhei principalmente. Senti que tinha cumprido o meu dever e que tinha provado alguma coisa a mim e aos outros. Encorajo todos os alunos do colégio a participar nestas Olimpíadas e noutras e a interessarem-se por temas que gostem, a serem empenhados em saber mais do que é preciso para os testes, a tentarem superarem-se e a serem sempre melhores. Cada vez mais a selecção de pessoas aperta e eu acredito plenamente que quem procura a excelência faz a diferença. Não é preciso ser um génio para se ser bom, é preciso é ter vontade de trabalhar e garra para enfrentar os desafios.
AG - Que continuaria a participar nas OA por tudo o que elas são a nível do desenvolvimento de cidadãos.

Agradecimentos: António Grilo; Francisco Silveira; Pedro Silva.

domingo, junho 08, 2008

Blogues escolares sobre ambiente no PÚBLICO na Escola de Maio

Em diversos estabelecimentos de ensino, há blogues que se têm revelado muito úteis para promover uma educação ambiental. O Boletim PÚBLICO na Escola de Maio apresenta alguns desses exemplos que vale a pena seguir
A educação ambiental é hoje empreendida na generalidade dos estabelecimentos de ensino, que promovem, constantemente, as mais diversificadas iniciativas. Para ajudar nesse trabalho, surge, não raras vezes, a ideia de criar um blogue, que se revela sempre de uma enorme utilidade. É que os blogues permitem que a comunidade escolar (e não só) acompanhe o que se vai fazendo, ficando mais sensível em relação a determinados problemas e aprendendo como se deve fazer para os minorar ou resolver.
in Publico.pt

quinta-feira, junho 05, 2008

Um novo cancro ecológico: o ataque das espécies invasoras

“Antes de os seres humanos começarem a deslocar-se pelo planeta, as espécies movimentavam-se a um ritmo geológico. Actualmente, estas movimentam-se cada vez mais depressa e para mais longe do que alguma vez fariam ou poderiam deslocar-se na natureza.”(Jim Carlton, 2005)
Praticamente em todas as regiões e ecossistemas do planeta, animais e plantas que evoluiram noutros lugares estão a aparecer onde não são desejados: foram transportados pelos seres humanos inadvertida ou intencionalmente, estabelecendo-se em novas zonas do globo. Estas espécies, inicialmente apenas exóticas, isto é não nativas da região onde se encontram, evoluem, frequentemente, expandindo-se natural e rapidamente em meios onde habitualmente não pertencem: transformam-se em bio-invasores que, pelas suas fortes capacidades de adaptação e competição, interferem com o desenvolvimento natural dos ecossistemas, pondo em risco comunidades indígenas.
De acordo com Marchante, H. (2001), em Portugal, o número de espécies vegetais exóticas sofreu um aumento considerável de mais de 1000% ao longo dos dois últimos séculos. Enquanto em 1800 eram listadas 33 espécies subespontâneas, actualmente contam-se cerca de 500. Destas, quase 40% são actualmente consideradas invasoras ou potenciais invasoras, incluindo infestantes agrícolas e invasoras de habitats naturais; 7% são classificadas com invasoras perigosas no território português.
A proliferação de exóticas induz, muitas vezes, alterações no ténue equilíbrio dos ecossistemas, quer pela alteração da sua estrutura e funcionamento, quer pelo aumento da competição, e alteração dos recursos disponíveis, provocando danos significativos em populações endémicas.
O ecologista E.O.Wilson coloca as espécies invasoras na segunda posição da lista dos responsáveis pela destruição de habitats e pela perda de biodiversidade, devido à magnitude da ameaça.
Ao removermos barreiras naturais à movimentação das espécies, alteramos a natureza dos ecossistemas, substituindo gradualmente comunidades únicas, por comunidades monoespecíficas ou com reduzida variabilidade: um mundo empobrecido de generalistas robustos, onde os mais aptos se repetem, num processo de “uniformização global”.
“Enquanto sociedade, adoptámos um modo de agir exclusivamente reactivo”, diz David Lodge, da Universidade de Notre Dame. “As espécies invasoras não são iguais a outras formas de poluição: não param de alastrar só porque deixamos de libertá-las no ambiente. Elas vão crescendo de forma contínua e acelerada. Não fazer nada para o travar é uma política especialmente prejudicial.”
O controlo deste problema antropogénico peturbador exige rapidez e dinheiro, numa estratégia cujas fases são indissociáveis: a prevenção, quer pela divulgação do problema, quer pela criação de medidas reguladoras (entre as quais os princípios da precaução e do “poluidor-pagador”); a erradicação, pela aplicação de estratégias de eliminação direccionada; e o controlo, assente na monotorização das áreas com elevado interesse biológico.
Muitos ecossitemas estão tão mudados que não são reconhecíveis: para eles, o caminho da recuperação já não é possível.
No entanto, ainda possuímos bens infinitamente preciosos. Ficar de braços cruzados e assistir à sua destruição seria bem pior do que um gesto louco: as gerações futuras chamar-lhe-iam imperdoável.

Bibliografia:
McGrath, S.; Farlow, M. (2005). O ataque das espécies invasoras; National Geographic, nº48, 93-117.
http://pensaraterra.blogspot.com/ (24.05.2008)
http://www.naturlink.pt/ (17.05.2008)
http://www.ci.uc.pt/ (17.05.2008)


Ana Filipa Louro, 11º1A

Dia Mundial do Ambiente


A não perder o "alfabeto" do Dia Mundial do Ambiente!