sexta-feira, janeiro 26, 2007

Combate às Alterações Climáticas leva à criação da Taxa de Carbono no Valsassina

As Alterações Climáticas são o maior desafio ambiental do séc. XXI

Todos nós contribuímos para o fenómeno do aquecimento global: com a energia que consumimos nas nossas casas; com as nossas opções de transporte em férias ou no dia-a-dia; com os resíduos que produzimos… Tal como nas nossas casas, nas empresas e nas escolas muitas actividades implicam a emissão para a atmosfera de gases que contribuem para o efeito de estufa, sendo o mais importante o dióxido de carbono (CO2).
A comunidade internacional está a responder a este desafio através de acordos internacionais, o mais importante dos quais é o Protocolo de Quioto, sob o qual os países industrializados se comprometeram a reduzir as suas emissões.
Mas acima de tudo, todos somos responsáveis e como tal não podemos ficar à espera que "os outros" encontrem a solução para este problema.


Como aliar o combate às Alterações Climáticas e a estratégia de gestão e sustentabilidade do Colégio Valsassina?
Pretendemos, no Colégio Valsassina, ter um contributo efectivo no combate às Alterações Climáticas. Uma forma de o conseguir é incluir, voluntariamente, a gestão das emissões de carbono na estratégia de sustentabilidade desenvolvida na nossa escola.

Como é possível?
Através de investimento em Projectos de Redução de Carbono, ou seja, através de mecanismos de Compensação de emissões.
A Compensação de Emissões aplica o espírito e as regras do Protocolo de Quioto à Gestão Voluntária de Carbono, ao permitir a redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) com recurso ao investimento em projectos de energias renováveis ou eficiência energética em instalações fora das fronteiras da organização em causa.

Como fazer?
O Colégio Valsassina através do seu parceiro estratégico Ecoprogresso irá compensar as emissões. Numa primeira fase certas actividades serão “Carbonfree, Neutras em Carbono”, mas pretendemos num futuro próximo ser uma «Escola Carbonfree, Neutra em carbono».

Quem é a Ecoprogresso?
A Ecoprogresso é a primeira empresa portuguesa cujo core business se centra nas Alterações Climáticas e na Gestão das Emissões de Dióxido de Carbono. Os serviços oferecidos foram desenhados de modo a optimizar os ganhos da interacção e equilíbrio entre a economia, o ambiente e a sociedade.
O trabalho desenvolvido na Ecoprogresso enquadra-se em torno de dois grandes temas: Alterações Climáticas e Sustentabilidade

Que projectos contribuem para a redução de emissões de GEE?
Os projectos dos quais resultam os certificados oferecidos pela Ecoprogresso obedecem a um conjunto de requisitos adicionais ao Protocolo de Quioto que lhes conferem um contributo efectivo para o desenvolvimento sustentável das comunidades e países onde são implementados. Esta mais valia, granjeou aos projectos o reconhecimento de organizações internacionais como a WWF e a Climate Action Network (Confederação Europeia de Organizações de Defesa do Ambiente), da qual fazem parte algumas das principais ONGs portuguesas.
A Ecoprogresso estabeleceu uma parceria exclusiva com a I Care for MyClimate organização suíça que promove o investimento em projectos de redução de emissões com elevadas mais valias para o desenvolvimento sustentável das comunidades e países onde são implementados.
Os projectos de redução são projectos implementados ao abrigo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), instrumento de mercado desenvolvido no âmbito do Protocolo de Quioto, pelo que os certificados de compensação de emissões são baseados na emissão de Certified Emission Reduction (CER) devidamente validadas pelo Comité Executivo do MDL.

Quais são as primeiras iniciativas “Carbonfree, Neutras em carbono” do Valsassina?
  • Visita de estudo às Pegadas de Dinossauro da Serra D’Aire e às Grutas de Sto António. 7º ano. 9 e 16 de Fevereiro 2007
  • Saída de campo ao Parque Nacional da Peneda-Gerês. 10º e 11º. 27 a 30 de Abril 2007
Qual é a quantidade (estimada) de Dióxido de Carbono emitido nessas actividades?
  • Visita de estudo às Pegadas de Dinossauro da Serra D’Aire e às Grutas de Sto António
    • 1 tonelada de CO2e por visita
  • Saída de campo ao Parque Nacional da Peneda-Gerês
    • 4 toneladas de CO2e
Estas actividades serão Carbonfree, Neutras em Carbono


Qual é o mecanismo de compens
ação associado à visita às Pegadas e Grutas?
  • Projecto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo de pequena escala
  • Local: Estado de Karnataka, Índia
  • Tipo de Projecto: Projecto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo de pequena escala (Validação: DNV)
  • Localização: Estado de Karnataka, Índia
  • Tipo de Projecto e Activdades: Produção de electricidade e calor a partir de biomassa agrícola
  • Baseline: Rede de electricidade regional
  • Volume do projecto (Emissions reductions): 163 000 t CO2e
  • Data de implementação: Agosto de 2001
  • Período de crédito: 7 anos
  • Link com filme sobre o projecto (em inglês): http://www.myclimate.org/film/film_karnataka.php

O que é a «Taxa de Carbono»?

Para compensar as emissões de uma determinada actividade e após escolhido o projecto de redução Carbono a apoiar é calculado o valor a pagar por cada participante.
No caso da visita às Pegadas de Dinossauro e às Grutas de Sto António 1 € destina-se a compensar as emissões produzidas. Este valor, que poderá variar em função do tipo de compensação, é a «Taxa de Carbono».

Como se processa o “Ciclo Carbonfree” (neutro em carbono)?


Queremos desenvolver, de forma efectiva, uma gestão e estratégia de sustentabilidade e desta forma dar razão à expressão “PENSAR GLOBALMENTE, AGIR LOCALMENTE”. Contamos com todos (pais, alunos, professores, colaboradores, etc) para o conseguir…

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Café com Filosofia

O departamento de Filosofia do Colégio Valsassina vai organizar um CAFÉ COM FILOSOFIA, que contará com a presença do Prof. Dr Viriato Soromenho Marques.

Esta iniciativa irá realizar-se dia 18 de Janeiro, pelas 21 h, no Colégio Valsassina, e é aberta a todos os interessados.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

1ª Eliminatória das Olimpíadas do Ambiente 06/07


As XII Olimpíadas do Ambiente (OA) são um concurso de problemas e questões dirigido aos alunos do 7º ao 12º ano de escolaridade do ensino diurno e nocturno de escolas públicas, privadas ou do ensino cooperativo no território nacional, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
Esta iniciativa é coordenada por uma equipa multidisciplinar composta por elementos da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza e do Zoomarine - Mundo Aquático SA.

Objectivos fundamentais:
• incentivar o interesse pela temática ambiental;
• aprofundar o conhecimento sobre a situação ambiental portuguesa e mundial;
• estimular a capacidade oral e escrita;
• promover o contacto com situações experimentais concretas;
• desenvolver o espírito e curiosidade científica; e
• estimular a dinâmica de grupo e espírito de equipa, assim como a cooperação.

Áreas temáticas:
• Conservação da Natureza
• Recursos naturais
• Poluição
• Estilos de vida
• Ameaças globais
• Política ambiental
• Realidade portuguesa

Categorias
• Categoria A - do 7º ao 9º ano de escolaridade
• Categoria B - do 10º ao 12º ano de escolaridade


Fases do concurso

• 1ª Eliminatória - Teste escrito com questões de escolha múltipla e uma pergunta de desenvolvimento. São apurados para a segunda eliminatória os melhores alunos a nível nacional e também os melhores por escola.
• 2ª Eliminatória - Teste escrito com questões de escolha múltipla e duas perguntas de desenvolvimento. Esta eliminatória decorrerá nas escolas com alunos seleccionados. Para a Final Nacional, são apurados os melhores a nível nacional e os melhores por distrito/ilha.
• Final nacional - Ao longo de um fim-de-semana, os finalistas realizarão um teste escrito com questões de escolha múltipla, uma prova oral em grupo, participarão num conjunto de actividades práticas (feira de experiências laboratoriais e descoberta de uma zona protegida) e um colóquio/debate na sessão solene de entrega de prémios. Os vencedores poderão ser posteriormente contactados pelos Serviços de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian para participar no London International Youth Science Forum.


No passado dia 11 de Janeiro, realizou-se a 1ª eliminatória, que envolveu no Colégio Valsassina 108 alunos (83 da categoria A e 25 da categoria B).

Os 10 melhores alunos em cada escalão são:

1ª Eliminatória – COLÉGIO VALSASSINA
Categoria A

  1. 8ºA - MARTA MAGALHÃES DA SILVA (39)
  2. 9ºC - JOÃO EDUARDO FERREIRA (38)
  3. 9ºC - JOSÉ MARIA VAZ PINTO (38)
  4. 8ºC - ANA CATARINA LEOCÁDIO NUNES (38)
  5. 9ºC - PEDRO QUADRADO DA FONSECA (37)
  6. 8ºD - RITA ROBALO (37)
  7. 8ºB - CATARINA SOARES MACEDO (36)
  8. 8ºD - JOSÉ RICARDO SEQUEIRA (36)
  9. 8ºD - JOANA SANTOS GUERREIRO (36)
  10. 8ºD - MARTA OLIVEIRA MONTEIRO (36)

Categoria B

  1. 10º1A - JOANA MAGALHÃES DA SILVA (41)
  2. 10º1A - ANA FILIPA DIAS LOURO (40)
  3. 11º1A - ANTÓNIO CARLOS LIMA GRILO (38)
  4. 11º1A - PEDRO MANUEL DA SILVA (37)
  5. 11º1B - FRANCISCO SOUSA (35)
  6. 10º1A - GONÇALO MIGUEL CORREIA PINTO (33)
  7. 11º1A - JOANA CATARINA DA SILVA (30)
  8. 10º1A - INÊS HENRIQUES SERRÃO (30)
  9. 11º1A - VERA SOFIA CARVALHO (29)
  10. 10º1A - JOÃO PEDRO PALMA (29)
Nota: os resultados obtidos referem-se apenas às questões de escolha múltipla (cotação máxima 50). As questões de desenvolvimento serão corrigidas apenas em casos de empate.

Para consultar os resultados de todos os alunos do Colégio Valsassina na 1ª eliminatória, consultar www.cvalsassina.pt

Para mais informações sobre as Olimpíadas do Ambiente consultar: http://www.esb.ucp.pt/olimpiadas/

domingo, janeiro 14, 2007

Ainda o ambiente... será que por muito tempo ?

Estoirado chego ao quarto do hotel. Vou até à varanda. A marina serve de cenário a esta tarde Julho, ao pôr do Sol. Ao sentar-me na cadeira, olhando o mar, a minha cabeça voa para duas frases que me dão que pensar: a primeira: “A Europa dá-nos a possibilidade de viver sem olhar a preocupações” e a segunda: “Temos que ter um emprego, mas não devemos esquecer o nosso papel na sociedade civil”. Acordo e penso: como era bom que todo o mundo pudesse usufruir desta tranquilidade e desta paz, olhando o mar ao pôr do Sol... Sim. Eu sei que é uma utopia. Se há alguns países que a têm e não a aproveitam, outros gostariam de a ter e não a têm. Mas não é essa a regra ? Será que nós, habitantes dos ditos países desenvolvidos não temos nenhum papel neste desfasamento ou alguma cota parte de responsabilidade neste fosso?...
Mais uma vez associo estes pensamentos à falta de cuidado que temos com o nosso mundo, com o ambiente que nos rodeia.
Olho para o relógio. Hora de jantar. De volta ao quarto, ao passar diante da secretária reparo num pormenor. Talvez ridículo. Um caixote do lixo dividido em quatro partes, uma para cada tipo de lixo. Um pormenor. Mas nesta zona do país em que o turismo impera, mais que em qualquer outro local, é importante que seja dado o exemplo sobre o que fazer e que preocupações ter com o ambiente. E sendo que se trata de um hotel recebe milhares de pessoas diferentes por ano, desempenhando um papel importantíssimo na chamada de atenção a cada vez mais pessoas. Aqui está o papel da sociedade e na sociedade de educar os seus membros para políticas sustentáveis. Ainda há tempo para um banho. Nas toalhas vejo um cartão, bem apresentado, onde se chama atenção para o cuidado a ter com os excessivos gastos de água e de detergentes, e onde se solicita aos clientes que indiquem se voltarão, ou não, a utilizar as toalhas. Preocupação económica ? Talvez. Mas se essa preocupação servir para alertar pessoas para o ambiente será de louvar.
Alguns dias mais tarde numa esplanada sobre a praia, troveja, chove, um vento quente – que diz quem sabe vem do deserto africano – bate nas nossas faces. E oiço comentar: “Nunca me lembro de ver um tempo assim nesta altura do ano !”. E penso: pois... quando se fala em alterações climáticas, em preocupações ambientais ouve-se dizer “Isso é para os cientistas” ou “Lá estão eles a inventar!” ou ainda “Já não vou estar vivo”. Pelos vistos não será bem assim. Se o clima mudar e passar a manifestar-se desta forma poderão dar-se tremendos impactos na nossa economia graças à perda de turistas que procuram o tempo agradável e as paisagens tranquilas do nosso país, não pensando nos problemas naturais que daí poderão advir. Alguns estudos apontam para uma submersão parcial do litoral português, caso o clima siga a presente tendência...
Agora, a balouçar na rede, espero vivamente que possamos ir a tempo de impedir a pressão sobre o litoral. Todos os anos florescem edifícios novos com a propriedade de estarem a exercer cada vez mais pressão sobre as falésias e as praias do nosso Algarve, a de estarem situados muito perto das linhas de costa. Um hotel que se situa a 50 m da linha do mar quando este atinge a baixa mar... Espero também que as alterações climáticas não destruam as paisagens do nosso litoral. Se o Homem se juntar ao clima, provocará a destruição acelerada do nosso mundo. Da nossa grande casa. Se não destruímos a nossa casa, se nela não deitamos lixo para o chão e não libertamos poluentes porquês fazê-lo na nossa Terra ? Será ela tão grande que não se ressinta ?

Se nós actuarmos no nosso pequeno mundo que, ao contrário do que se pensa não é insignificante, e pensarmos no nosso planeta, fazemos com que se conserve o clima tal e qual como ele deve ser para que seja possível viver na Terra.
Olho mais uma vez o pôr do Sol desta vez por detrás dos pinheiros, e espero poder voltar a vê-lo muitas vezes...

António Grilo